"A Pedra do Ingá"
Quem não gosta de um mistério? Dessa forma, que tal conhecermos um dos mais misteriosos monumentos rupestres existentes no planeta? Esse monumento arqueológico, conhecido como A Pedra do Ingá, que está localizada no município de Ingá, Paraíba, é um dos mais significativos do mundo. É uma formação rochosa que cobre uma área de cerca de 250 m². No seu conjunto principal, um paredão vertical de 46 metros de comprimento por 3,8 metros de altura, e nas áreas vizinhas, possue inscrições com significados desconhecidos. Neste conjunto apresenta-se figuras diversas, que sugerem a representação de animais, frutas, humanos e o que os estudiosos acreditam ser constelações (grupo de estrelas em uma região delimitada do céu) chamada de Órion.
Não se sabe como, por quem ou com que motivações foram feitas as inscrições nas pedras que compõem o conjunto rochoso. Têm sido apontadas diversas origens, e há muitos que defendem que a Pedra do Ingá tenha origem pelos povos fenícios. Já outros estudiosos, defende que os sinais do Ingá foram obra de engenharia extraterrestre.
Para muitos, as insculturas ali gravadas se tratam de modelos característicos de inscrições que são atribuídas a Sumé, o civilizador dos índios tupis - figura lendária, que teria passado pela região que hoje reconhecemos como Brasil -, e ensinado-os muitas coisas, como o plantio e a utilização da mandioca. Sua imagem mítica é fortemente reconhecida pelos nativos, considerado como um grande feiticeiro branco e barbado que teria vindo através do mar. Além disso, Sumé seria também o responsável pela abertura de diversos caminhos pelo interior do Brasil até o Peru.
Mas, até atualmente, não é possível afirmar exatamente quem foram os autores dos sinais e quais seriam as motivações do monumento ter sido produzido. Pesquisadores ligados à arqueologia, como Dennis Mota e Vanderley de Brito, acreditam que as inscrições teriam sido feitas por comunidades primitivas que habitavam a região. Teriam sido usados cinzéis de pedra para produzir os sinais na rocha, há cerca de 6000 anos.
Entretanto, através de processos químicos, como o uso de um elemento chamado Carbono 14, que poderia detectar a idade das inscrições, prova-se ser inviável, pois o conjunto de rochas fica no leito do Rio Bacamarte, o qual, em tempos de enchentes, cobre todo o conjunto rupestre revolvendo a terra e atritando as camadas superficiais das rochas. E essas enchentes já vem ocorrendo há milênios, dessa forma, a afirmação de que as inscrições foram feitas há 6.000 anos, não pode ser cientificamente comprovada.
O que torna tão atraente o estudo sobre a Pedra do Ingá é o mistério que ainda persiste e envolve sua produção. Seu complexo megalítico (conjunto de grandes construções de pedra) tem levantado muitas discussões e conduzido a inúmeras teorias a respeito de sua provável origem, mas as causas que o levaram a existir continuam invioláveis. O faz dessa construção ‘pré-histórica’ uma obra de arte, seja lá quem a tenha produzido, que permite leituras diversas pelas diferentes pessoas, que se deparam com essa pedra cheia de significados ocultos.
A área total do complexo arqueológico, hoje é reduzida porque algumas pedras com desenhos esculpidos próximos da rocha principal, na década de 1950, foram coletadas para se transformar em paralelepípedos. O desgaste da Pedra também pode dá-se pelo clima, pois fica exposta ao sol, frio, chuva e as cheias do Rio, que fica ao lado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Novo Integralismo. Cidades e povos perdidos do Brasil. Disponível em: < http://novointegralismo.blogspot.com.br/2015/02/cidades-e-povos-perdidos-do-brasil.html> Acesso em 02 de Junho, 2015.
O Nordeste. Pedra do Ingá, Paraíba. Disponível em: <http://www.onordeste.com/onordeste/enciclopediaNordeste/index.php?titulo=Pedra+do+Ing%C3%A1,+Para%C3%ADba<r=P&id_perso=5171> Acesso em 02 de Junho, 2015.
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