sexta-feira, 4 de julho de 2014

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAIBA
CURSO: LICENCIATURA PLENA EM HISTÓRIA
PROJETO DE INICIAÇÃO A DOCENCIA- PIBID
ALUNOS: ARTHUR RODRIGUES
ÍTALO
HELENA
KALLENYA KELLY
MATHEUS


PLANO DE AULA


TEMA:
Música: Arte, Ciência e História.

OBJETIVO GERAL:
Trabalhar a musica como linguagem, como ela foi desenvolvida e como a mesma pode ser de grande relevância no ensino de história.
OBJETIVO ESPECÍFICO:
-Identificar comose deu o uso da musica pelo o homem;
-Incentivar o uso da música como recurso didático no ensino de História;
- Analisar o contexto que a mesma esteve inserida, e os aspectos que o autor foi influenciado para sua composição.

METODOLOGIA:
Realizar oficinas sobre como a musica esteve inserida nas sociedades antigas, analisa-la como um documento histórico e como ela pode servir de suporte para uma maior compreensão dos conteúdos de História.

REFERENCIAS:
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Parâmetros curriculares nacionais para o Ensino Fundamental II. Brasil, 2007. (p.21-29)



UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
CAMPINA GRANDE, PB
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
PIBID - HISTÓRIA
PROFESSOR SUPERVISOR; RAIMUNDO
BOLSISTAS: ARTHUR RODRIGUES, ÍTALO PEREIRA, KALENYA KELLY, MARIA HELENA E MATHEUS PEREIRA
SÉRIE 6º C
PLANO DE AULA
 TEMA
O legado dos nossos antepassados, o período da pré-história.
OBJETIVO GERAL
Uma das maiores dificuldades que os educadores vem enfrentando é como colocar as histórias em quadrinhos nas suas aulas. Tendo a noção que os quadrinhos ainda são vistos como um entretenimento para criança, ou meros auxiliares pedagógicos perdendo o seu poder, enquanto fontes históricas que estão ligadas a elaboração de discursos através da fala dos personagens, dos desenhos que compõem cada quadro etc. Logo queremos por meio de uma oficina sobre a História em Quadrinho levar os alunos a tecerem suas críticas, sob tal produção formando sujeitos críticos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
-Abordar a função das Histórias em quadrinhos e seus meios de interdisciplinaridade;
-Incentivar a Leitura e ajudar no desenvolvimento crítico dos alunos através das mensagens que os quadrinhos passam;
-Mostrar as dificuldades dos educadores em trabalhar os quadrinhos devido a pouca importância dada ou falta de oportunidade em desenvolver a leitura dos quadrinhos.
METODOLOGIA
Realizar a oficina de HQ, Histórias em Quadrinho por meio de aula esportiva.
RECURSO DIDÁTICO
Texto introdutório e Plano de aula
REFERENCIA:
Eccos-Ver.Cient. são Paulo.N 27,P.81-95, jan-abr.2012
 



UNIVERSIDADE ESTUADUAL DA PARAÍBA
CAMPUS I CAMPINA GRANDE
DEPARATMENTO DE HISTÓRIA
PIBID/HISTÓRIA
PROFESSOR SUPERVISOR: RAIMUNDO
BOLSISTAS: ARTHUR RODRIGUES, ÍTALO PEREIRA, MARIA HELENA, MATHEUS FREITAS E KALENYA KELLY
SÉRIE 6º D
PLANO DE AULA
TEMA DA AULA:
História em versus: conhecendo a literatura de cordel.
OBJETIVO GERAL:
Uma das maiores dificuldades no ensino atual é a falta de letramento, os alunos de forma geral têm enormes dificuldades quanto à leitura e compreensão textual. Tal função educativa não é só responsabilidade do professor de língua portuguesa, portanto diante de tal conjectura esta aula visa promover o desenvolvimento da escrita, compreensão textual e desenvolvimento do conhecimento histórico, através da literatura de cordel.
OBJETIVO ESPECÍFICO:
·         Promover o contato dos alunos com diferentes formas de linguagens, através da analise do cordel enquanto documento histórico.
·         A partir da discussão do texto introdutório conhecendo a literatura de cordel, produzido pelos pibidianos, pretendemos promover o desenvolvimento da consciência crítica dos alunos através da analise e produção de cordéis em sala.
·         Tornar o ensino de história significativo a vida dos alunos, demonstrando através do cordel que em sua maioria aborda temas cotidianos, que nós também somos sujeitos históricos, através de uma relação interdisciplinar com a literatura, promovendo de acordo com os PCN’s para o Ensino de História, o desenvolvimento das habilidades e competências.
METODOLOGIA:
Por meio de uma oficina sobre a literatura de cordel os alunos serão introduzidos no contexto de sua produção e como ela tem reflexos até hoje na cultura tida como nordestina. Após as discussões sobre o estilo da literatura de cordel, como ela se organiza de forma, geral sendo trabalhada com os alunos a pré-história estes serão orientados pelos pibidianos a produzirem seus cordéis.
RECURSO DIDÁTICO
Texto introdutório; Plano de aula;
AVALIAÇÃO
Produção de cordéis sobre a temática da pré-história debatida em sala com os alunos.
REFERENCIAS
ABREU, Márcia. Outro passeio, uma poética. História de cordéis e folhetos. Campinas, SP: Mercado de Letras: Associação e leitura do Brasil, 1999. (p.109-123)
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Parâmetros curriculares nacionais para o Ensino Fundamental II. Brasil, 2007. (p.21-29)




UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
PIBID/HISTÓRIA CAMPUS I
PROFESSOR SUPERVISOR: RAIMUNDO
BOLSISTAS: ARTHUR RODRIGUES, ÍTALO PEREIRA, MARIA HELENA E MATHEUS FREITAS.
SÉRIE: 6º D
PLANO DE AULA
TEMA DA AULA:
O homem e sua capacidade de produzir memória, representações.
EIXO PROBLEMATIZADOR:
A partir das discussões presentes no texto introdutório “Deixando marcas no tempo” pretendemos levar os alunos a um exercício de reflexão sobre as diferentes formas de representações desenvolvidas pelo homem, fazendo um paralelo entre a pintura rupestre e as redes sociais, como parte de uma discussão inicial sobre a pré-história.
OBJETIVO GERAL:
Levar os alunos de acordo com os PCN’s para o ensino fundamental II a terem um contato com novas formas de linguagem, através de uma relação interdisciplinar com o estudo das imagens, seguindo os princípios do desenvolvimento das habilidades e competências presentes nos mesmos parâmetros.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
·         Refletir acerca da necessidade que o homem manifestou desde cedo em sua história de deixar registros, de criar memória.
·         Promover através do trabalho com imagens o desenvolvimento da leitura de diferentes formas de linguagens.
·         Através da discussão do texto introdutório e da oficina com imagens pretende-se quebrar com o estereótipo estabelecido de que História se trata de uma disciplina chata ou enfadonha, despertando o interesse dos alunos, através de práticas de ensino significativas.
METODOLOGIA:
Por meio de uma aula expositiva e dialogada sobre o texto introdutório “Marcas no tempo” os alunos começaram a desconstruir imagens cristalizadas que possam vir a ter sobre a “pré-história”, logo com a sala dividida em quatro grupos, cada grupo receberá uma imagem que terá por princípio analisá-la e a partir da crítica produzir um soneto, promovendo assim uma relação interdisciplinar com a literatura.
RECURSO DIDÁTICO:
Texto introdutório e quatro imagens sobre diferentes temáticas da pré-história.
AVALIAÇÃO:
Analise crítica das imagens e produção de um soneto.
REFERENCIAS:
LIMA, Solange Ferraz de. CARVALHO, Vânia Carneiro. Fotografias: Usos sociais e historiográficos. O historiador e suas fontes. Carla Bassanezi Pinsky e Tânia Regina de Luca. (orgs.). São Paulo: contexto, 2012. (p.29-60)
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Parâmetros curriculares nacionais para o Ensino Fundamental II. Brasil, 2007. (p.21-29)


Texto: Introdutório: "Contando a História através dos quadrinhos"
Após décadas de rejeição por parte dos educadores, no final dos anos de 1990, as histórias em quadrinhos começaram a conquistar seu espaço nas salas de aula brasileiras. No entanto apesar dos avanços conseguidos ainda é preciso adequar as aplicações possíveis deste produto cultural á necessidades do processo de aprendizagem.

História em quadrinhos que também pode ser conhecida como arte sequêncial, tem como objetivo o entretenimento para diversas idades, e em certas tendências como charges pode ser usada como críticas e piadas de algum fato.
Um dos primeiros desafios colocados ao educador é conhecer a linguagem dos quadrinhos. Nesse sentido, Ramo afirma: “Ler quadrinhos é ler sua linguagem, tanto em aspecto verbal quanto visual”. É preciso, portanto identificar o tipo de balões, (de fala, de pensamento etc.), ás metáforas visuais (lâmpada acessa sob a cabeça quando o personagem tem uma ideia, estrelas indicando dor etc.), ou onomatopéias (representações de sons como explosão, tapa etc.).
As aplicações dos quadrinhos no processo de aprendizado não devem ser restrita ás adaptações literárias. Por esse resultado de um processo artístico, os quadrinhos levam a compreensão de técnicas e conceito estéticos da área da Arte. Para Alexandre Barbosa: “Todos os principais conceitos das artes plásticas estão embutidos nas páginas de uma história em quadrinhos”. Assim para as aulas de História há muitas narrativas em quadrinhos que podem ser utilizadas pelos professores.
Os quadrinhos também proporcionam à divulgação científica e a abordagem de questões inerentes a ciência, que podem subsidiar as aulas, um exemplo seria as bases da lógica são temas do livro em quadrinhos LOGICOMIX, realizados por professores gregos.



Música: Arte, Ciência e História

A Música é uma linguagem Universal, tendo participado da vida da humanidade desde as primeiras civilizações. As primeiras músicas eram usadas em rituais, como: Nascimento, Casamento, morte, recuperação de doenças, e fertilidade. Atualmente existem diversas definições para a música. Mais de um modo geral, ela é considerada Ciência e Arte.
Não é fácil identificarmos as origens da música. Na pré-história é somente através do estudo de sítios arqueológicos que podemos ter uma ideia do desenvolvimento da música nos primeiros grupos humanos. Na Idade Antiga as primeiras civilizações musicais se estabeleceram principalmente nas regiões férteis ao longo das margens de rios na Ásia Central, como as aldeias no vale do Jordão, na Mesopotâmia, Índia (vale do Indo atualmente no Paquistão), Egito (Nilo) e China (Huang He).

A música também faz parte do cotidiano das pessoas. Ela movimenta o corpo, mas, também, movimenta ideias, é carregada de imagens, de símbolos de intenções, de representações na qual podemos extrair e analisar.Por essa razão, a música pode ser trabalhada em diferentes ambientes e, principalmente, no ambiente educacional. No Ensino de História ela pode ser problematizada em sala de aula como as letras, o contexto em que foram produzidas, o efeito que causaram na sociedade podem ser elementos para uma aula didática que contribua para a compreensão dos alunos com relação à sociedade em que vivem e as sociedades que passaram.
Texto introdutório: "CONHECENDO A LITERATURA DE CORDEL"
            Com certeza você em algum momento de sua vida de estudante já esteve em contato com alguma produção relacionada à literatura de cordel. Um folheto, que narrava alguma situação do cotidiano, produzia alguma crítica social ou até exaltava a pátria, as belas terras do Brasil. Para isso, basta observarmos a primeira estrofe da famosa Canção do Exílio, escrita pelo poeta do romantismo brasileiro, Gonçalves Dias em 1843.
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores [...]

            A literatura de cordel surgiu em Portugal durante o século XVI, recebeu este nome em virtude dos livretos produzidos que acabavam sendo pendurados em varais nas pequenas bancas de comércio para serem vendidos. Rapidamente se popularizaram, sendo portadores de diversas temáticas, em grande parte ligadas a situações do cotidiano. Havia cordéis que narravam à vida dos padres, do vendedor de sapatos da esquina e até a história das grandes navegações portuguesas, sendo qualquer tema ou situação um prato cheio para os cordelistas.
            Durante a colonização do Brasil, tivemos os primeiros contatos com esta literatura, porém aqui ela receberá um novo nome, folhetos, em virtude de que acabaram por funcionar como uma espécie de jornal que circulava de mão em mão relatando fatos do cotidiano, muitas pessoas da época acabavam ficando informadas pela literatura de cordel, até em virtude da ausência de jornais durante tal período. Os cordéis com o tempo também assumiram o caráter de serem portadores de crítica social, basta observarmos estes versos de patativa de Assaré:
Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrer.

Não nego meu sangue, não nego meu nome
Olho para a fome, pergunto o que há?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará.
            Desta forma podemos observar que qualquer assunto pode ser trabalhado pela literatura de cordel. Todavia devemos observar seu estilo de produção, sua estrutura, sempre com a presença de rimas e com estrofes podendo ser organizadas em 4, 6, 7, 10 e até 12 versos. Por tais características os cordéis também podem ser importantes fontes históricas por revelarem vários aspectos da sociedade que o produziu.



Texto Introdutório: "Deixando marcas no tempo"
        
           Umas das principais características do ser humano é a sua necessidade de deixar marcas por onde passa, a fim de que, a partir desses registros, ele possa ser reconhecido por seus semelhantes. Hoje, daremos início à discussão sobre a Pré-história, uma época recheada de aventuras, onde o homem vivia intimamente ligado a natureza, enfrentando os mais variados perigos em busca da sua sobrevivência. 
          Uma prática muito comum entre os homens pré-históricos era a produção de pinturas rupestres. E o que eram as pinturas rupestres? As pinturas rupestres eram feitas nas paredes das cavernas, em paredões de pedras e em vários lugares, onde os homens pré-históricos habitavam. Essas pinturas serviam para representar o dia-a-dia das tribos das quais o homem pertencia e vivia, ou seja, elas expressavam a caça, a pesca, os animais que conviviam com o homem, as relações afetivas entre as pessoas, entre outras coisas. A pintura rupestre demarcava o território de uma tribo, de modo que, se outro grupo de pessoas chegasse a um lugar e encontrassem alguma pintura, saberiam que ali não poderiam permanecer, pois, esse território já estava habitado. Logo, percebemos que a pintura rupestre era essencial na vida do homem pré-histórico, pois, era a partir dela que ele expressava seus sentimentos e deixava marcas no tempo.
          O tempo foi passando, o homem conquistou muito espaço no mundo, realizou grandes feitos, construiu máquinas, criou a internet. No entanto, não perdeu a necessidade de se comunicar com outras pessoas. E nós, como representamos o nosso dia-a-dia, a nossa vida?
          Hoje é muito comum entre as pessoas acessarem a internet e compartilharem fotos, vídeos e mensagens com os amigos e familiares pelas redes sociais, como: FACEBOOK, TWITTER e o INSTAGRAN. Através delas nós podemos saber o que está acontecendo com o nosso amigo ou familiar que mora distante, também podemos falar sobre as coisas da vida, podemos mostrar as pessoas como estamos e saber notícias do mundo inteiro. As redes sociais servem como espaço de integração entre as pessoas.
          Quando você vai para algum lugar, imediatamente pega seu celular ou sua câmera e tira uma foto para “postar no face”, para que seus amigos lhe vejam e saibam como você estar. Desse modo, podemos associar a foto que foi postada na rede social com a pintura rupestre que era feita pelo homem pré-histórico, pois, as duas tem o mesmo significado, que é expressar os nossos sentimentos e deixar marcas no tempo, para que a nossa história seja lembrada.

          Por fim, será que somos tão diferentes dos homens pré-históricos como pensamos? 

quinta-feira, 3 de julho de 2014

O NASCIMENTO NA IDADE MÉDIA

Durante o período designado como Idade Média a sociedade européia construiu muitos de seus valores culturais, os quais se espalharam por grande parte do mundo e são, até os dias atuais, plenamente perceptíveis. Nesse contexto está inserida a temática do nascimento, onde vários aspectos relacionados ao mesmo se mantiveram e chegaram até nós.
No período supracitado a taxa de natalidade era alta. A igreja detinha o poder econômico, político, jurídico e social. Assim, partia principalmente da referida instituição dominante a influência de gerar vários filhos. Eram comuns a presença de imagens religiosas e vitrais que “representavam a maternidade da Virgem Maria”, além de imagens do nascimento de uma criança dentro de uma família burguesa. As famílias tinham muitos filhos, pois forneciam homens para os mosteiros, as cruzadas, bem como para inúmeras guerras do período. Eram estas últimas, juntamente com as pestes e catástrofes naturais, as responsáveis pelo controle da natalidade tendo em vista a alta taxa de mortalidade advinda das mesmas.
O nascimento de uma criança requeria cuidados bastante peculiares. Após a chegada, o bebê era enfaixado, seus cueiros eram fechados e colocava-se uma touca em sua cabeça. Devido ao incômodo provocado pelos cueiros, às crianças choravam e, para acalmá-las buscava-se acalentá-los, movendo-as nos braços. Nas famílias mais pobres os berços eram produzidos com troncos de arvores que eram esvaziados. Nas famílias mais ricas podiam ser feitos de madeira ou de metais preciosos. As mesmas eram colocadas em berços, os quais eram produzidos com troncos de árvores esvaziados, nas famílias mais pobres. Enquanto nas famílias mais ricas podiam ser feitos de madeira, como também a partir de metais preciosos.
Logo após o nascimento, buscava-se batizar a pequena criança para inserí-la no caminho do “bem-estar” religioso. O batismo ocorria, aproximadamente, três dias após o nascimento, não era recomendável que se esperasse muito para realizar a referida cerimônia. Isto porque pairava no ar o temor da criança morrer antes de ser apresentada a religião, isto é, morrer pagã e consequentemente não usufruir do reino dos céus.
Para o rito inicial da criança na vida cristã escolhia-se dois ou três padrinhos, em média, os quais tinham a incumbência escolher o nome da criança. Na cerimônia batismal o corpo da criança, completamente nu, era mergulhado rapidamente dentro da pia batismal e, após emergido, enxuto e vestido. Somente entre os séculos XII e XV optou-se por colocar apenas a cabeça na água, assim como se faz atualmente na Igreja Católica. Oficialmente iniciada no cristianismo, a criança era levada até a mãe – que a recebia com muito amor e carinho – e a esta era revelado o nome do seu filho. A partir daí dava-se início as comemorações, onde os vizinhos eram convidados. Se o nascimento fosse de um príncipe, os súditos eram convidados, e a boa nova era levada para as regiões circunvizinhas. O mesmo era anunciado pelo tocar dos sinos, além das missas que eram celebradas. Até os prisioneiros eram libertados e os festejos aconteciam com danças, onde também eram acesas fogueiras.
O nascimento de um príncipe era anunciado pelo soar de sinos. Celebravam-se missas e convidavam-se todos os súditos para levar a boa nova às cidades circunvizinhas. Vale ressaltar que, até mesmo os prisioneiros eram libertados em favor dos festejos regados à dança e iluminados por fogueiras cujo calor se fazia compatível ao estado de espírito daqueles ali presentes.
A genitora do novo cristão, após conceder o filho ao mundo, repousava até recuperar suas forças. Durante esse período recebia a visita de amigas, e se a família a qual pertencia fosse rica, todo tesouro que possuíam seria colocado no quarto para fascinar todos que a viessem cumprimentá-la. Entre esses objetos estavam peles, pratarias, sedas, entre outros. Ao recuperar-se antes de voltar para as atividades cotidianas, a mulher ia até a igreja para receber as preces de purificação – atitude a qual era obrigada a realizar, visto que sem passar por essas preces não poderia voltar a participar da sua religião.
Grande parte das mães assumia a responsabilidade de cuidar e de amamentar seus filhos. Porém, algumas mulheres, principalmente da nobreza, não costumavam se preocupar com essas tarefas. Motivadas por falta de interesse, bem como por falta de experiência com bebês ou ainda por conta de seus afazeres, as mães contavam... Por motivos de falta de interesse das mães, bem como por conta de seus afazeres e até mesmo por falta de experiência com bebês, as mães contavam com uma Ama-de-leite para realizar as referidas atividades maternas. Mais tarde as tarefas desempenhadas por Amas-de-leite foram transformados em profissão, acarretando em exigências maiores por parte das mesmas – comida e bebida à vontade, assim como um horário para descanso.

Nesse sentido, percebe-se que a influência religiosa se fez sentir no dia-a-dia europeu na Idade Média, onde o papel político, social, bem como o familiar era exercido pela Igreja. Além de outros ícones do cotidiano, o nascimento girou em torno das construções ideológicas produzidas por esta instituição. E no que se referem a esse aspecto da vida medieval, muitas das práticas tem sua base na época aqui retratada e da mesma até a temporalidade atual observa-se a semelhança, quando não a manutenção destas práticas.

O MEDO DO HOMEM MEDIEVAL

O homem medieval tinha medo, praticamente, de tudo, dentre todos esses medos, estava o medo do anticristo e do fim do mundo. O medo do fim do mundo se expandia graças às desgraças que sempre estavam presentes, seriam sinais para demostrar que o fim do mundo estava cada vez mais próximo. Inclusive, as pestes eram acreditadas como punições divinas advindas por causa do grande número de pecados praticados pela população.
Diante de tanto mal eles tinham que ter alguém pra culpar, era satanás. Que ao mesmo tempo em que era temido, também, era considerado como tudo de ruim que poderia existir abaixo do céu. E como não era de surpreender o diabo estava ligado com o fim do mundo. Em meio a esse contexto, podemos afirmar que “o pai da mentira” tinha duas interpretações: uma popular; e uma helenista.
Como se não bastasse “o diabo ainda tinha pessoas que o ajudavam” como os idolatras, mulçumanos, os convertidos e os judeus. As mulheres eram as mais propicias a se inclinarem as tentações que os demônios impõem a maior confirmação dessa afirmativa para os pensadores misóginos da época é de que fora através da mulher que o caos se instaurou no mundo. Por meio dessa ideologia a mulher passou a ser temida.
O medo em relação à mulher partia do pressuposto, do que ela produzia no homem, dos desejos da luxuria. A mulher era considerada extremamente maliciosa, briguenta, falsa e faladeira, ou seja, era comparada a características de pessoas malignas. O medo era tamanho que a mulher era acusada por um pequeno, ou por algo que fosse entendido como, desvio de bruxa, feiticeira, servidora dos preceitos satanistas.

Para concluir, podemos afirmar que na Idade Média tudo que não fazia parte do mundo cristão provocava receio, por que se não fosse cristão não era divino. A visão de mundo que eles tinham não permitia que eles conhecessem varias verdade, mas sim apenas uma única verdade imutável, que não podia ser questionada nem por meio de palavras e nem em pensamentos, pois ambos eram vigiados, ora pelo homem, ora por Deus.

O CASAMENTO NA IDADE MEDIEVAL

O casamento na Idade Média tinha uma importância fundamental em vários aspectos da vida de um individuo tanto no que diz respeito ao âmbito familiar, como econômico e politico. Todavia, este ato social não tinha nada haver com o amor, paixão, ou sexo. Há preocupação que predominava no seio familiar era não descentralizar a herança da familiar.
Após o casamento a mais nova família formada não iria para uma nova casa, já que na maioria das vezes, iam para a casa do pai do noivo ou da noiva caso ela não possuísse irmãos, porque a construção de uma nova casa era complicada, então começaram a se formar verdadeiras “comunidades familiares”.
Nesse contexto, o casamento era a forma mais fácil de formar e manter alianças, os casais algumas vezes chegavam a ser prometidos um ao outro ainda no berço, pois esta era uma forma do pai da noiva escolher quem, de certa forma, o iria suceder. No caso de uma menina órfã, suas terras eram administradas por outra pessoa até ela completar idade de casar (entre 13 ou 14 anos de idade). Se ela recusa-se o noivo escolhido à única alternativa que sobrava era um convento.
Para a igreja católica o casamento deveria ser realizado por vontade própria tanto do noivo quanto da noiva e depois que o casamento fosse realizado e consumado, não podia mais ser desfeito, portanto o divorcio esta fora de cogitação, alias, ele nem existia. A única exceção ocorreria caso fosse descoberto um grau de parentesco bastante próximo entre os esposos, no que resultaria na anulação do matrimonio.
O casamento era pra vida toda, não importava se a mulher era perturbada e preguiçosa ou se o homem era um libertino e bêbado, um tinha que aguentar o outro até o ultimo segundo de suas vidas. Um comportamento contrário ao discurso da igreja acarretava numa “excomunhão e em uma reprovação social”.
A escolha da noiva era realizada pelas pessoas mais próximas da família, principalmente o pai e a mãe. O noivado era uma cerimonia bastante importante, sendo inclusive, registrado pela igreja. Havia a troca de anéis, o homem recebia um e a mulher outro e ambos juravam fidelidade eterna. Aos futuros esposos era perguntado se juravam casar-se um com o outro. Esta celebração era finalizada e, aproximadamente, 40 dias depois haveria a realização do casamento.
O casamento se diferenciava mui pouco do noivado, sendo iniciado durante o dia. Os noivos se vestiam com suas melhores roupas, poderiam usar qualquer cor de vestido. A cor que as mulheres preferiam era o vermelho, mas como um tecido com esta cor custava muito carro, apenas às mulheres ricas utilizavam um vestido desta tonalidade.
A esposa entrava na igreja do lado esquerdo do noivo, era uma precaução, pois caso alguém tentar-se rouba-la ele estaria com a mão direita livre pra sacar a espada e defender sua “pobre e indefesa” mulher. Assistiam a missa e eram cobertos pelo véu nupcial.
Ao longo da missa, os conjugues dividiam, segundo os rituais que vinham de uma região para outra, um pedaço de pão, ou uma hóstia benta, e bebiam na mesma taça de vinho bento. Levantavam em seguida um círio ao altar da virgem, onde a noiva pegava uma roca e fiava durante alguns instantes. Finalmente reconduzido pelos amigos e pelo clero até a porta da igreja, entravam no cemitério e iam rezar sobre os túmulos de seus mortos, o que não deixava de evocar rituais muito antigos: a família estava presente, inclusive os ancestrais mortos. (D’ Haucourt, 1944, pag. 108)
Após todo esse ritual todos iam festejar, jogavam sobre o casal grão de arroz que tinham como finalidade desejar fertilidade, eles diziam: “plenté, plenté” significava abundância. Em casa havia um grande festejo com vinho, comida e diversão. O padre benzia com agua benta o leito nupcial. O casamento só era consumado no segundo dia.
Quando o casamento era do senhor feudal ou de um rei, as festas duravam dias, havia distribuição de comida e os vinhos estavam nas fontes publicas, porém todos iriam participar dos gastos (D’ Haucourt, 1944). As pessoas levavam bolos e conforme eles iam chegando eram colocados um em cima do outro, dai veio a inspiração para o bolo de casamento da forma que ele é hoje, isto é, bolos com vários andares.
No século XIV, as mulheres começaram a praticar a arte de jogar o buque, era uma maneira de dar a sorte do casal às amigas e ajudá-las a conseguirem um bom casamento. Os buques surgiram bem antes na Grécia e na Roma antiga, porém na Idade Medieval ganha novo significado, quando antes era formado por ervas, para espantar os maus espíritos, na Idade Média a noiva recebia as plantas dos convidados tendo como significado desejar boa sorte e desejar felicidade. Mas, mais tarde foi trocada por flores que simbolizavam a fertilidade.