Em poucas linhas, um pouco sobre ‘Pagu’.
Patrícia Rehder Galvão,
nasceu no dia 9 de junho de 1910 em São João da Boa Vista e morreu em 12 de
dezembro de 1962, aos 52 anos devido ao câncer. Pagu foi a terceira de quatro
irmãos, filhos de Thiers Galvão de França, advogado e jornalista, e de Adélia
Rehder Galvão. O apelido ‘Pagu’ surgiu de um erro do poeta modernista Raul
Bopp, ao dedicar a ela, em 1928, o poema "Coco de Pagu", vale
salientar que antes de ser conhecida como Pagu, ‘Zazá’ era seu apelido no meio
familiar.
Em 1925, com quinze
anos, passou a colaborar no Brás Jornal, assinando Patsy. Em 1922 tornou-se a
musa dos modernistas. Aos 18 anos, pouco depois de completar o curso na Escola Normal
da Capital (São Paulo, 1928), ela integra-se ao movimento antropofágico, a qual
detinha uma forte influência através de Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral.
Em 1930, ocorre um escândalo para a sociedade conservadora: Oswald separa-se de
Tarsila e casa-se com Pagu, obtendo além desse ‘escândalo’, o nascimento de Rudá
de Andrade, segundo filho de Oswald e primeiro de Pagu.
Pagu foi presa várias
vezes, em uma dessas prisões ficou cinco anos na cadeia na época da ditadura de
Getúlio Vargas. Em 1933 publicou o romance ‘‘Parque industrial’’, sob o
pseudônimo de Mara Lobo. Em 1945, lançou novo romance, ‘‘A Famosa Revista’’,
escrito em parceria com o seu último marido, Geraldo Ferraz.
Uma mulher que causou repercussões na época em
que vivia, assim como tornou-se o símbolo de mulher que buscava viver suas
paixões sem se preocupar com as opiniões que a cercavam. Pagu era uma mulher
como todas as outras, cuja característica mais forte foi a coragem de desejar:
“Eu, como mulher que posso fazer diversas escolhas agora [...][1]’’.
Pagu era uma mulher de
paixões intensas, espelhadas em tudo o que escrevia. Mulher esta, avançada para
os padrões da época, dada a algumas particularidades concebidas, tais como:
fumar na rua, usar blusas transparentes, cabelos curtos e eriçados e dizer
palavrões. Tornou-se escritora, poeta, diretora de teatro, tradutora,
desenhista, jornalista e militante política brasileira. Tal como nos diz Plínio
Marcos[2],
“[...] Pagu veio ao mundo para nos inquietar[3]”.
Referências:
HIGA,
L. S. R.; O feminismo solitário na obra
da jovem Pagu. In: 17o COLE - Congresso de Leitura do Brasil, 2009,
Campinas. Anais do 17o COLE, 2009.
Sites consultados:
>http://historiacontemporanea-mlopomo.blogspot.com.br/2011/03/patricia-galvao-pagu.html<
Acesso em 24 de Novembro de 2015.
>
http://www.revistadehistoria.com.br/secao/retrato/rebelde-e-engajada<
Acesso em 24 de Novembro de 2015.
[1] Lúcia Maria Teixeira Furlani concede uma
entrevista exclusiva ao Saraiva Conteúdo. Fonte: http://www.saraivaconteudo.com.br/Entrevistas/Post/10408<
Acesso em 24 de Novembro de 2015. Para ver a entrevista por completo e ler a
matéria, acesse o link acima.
Autora dos seguintes livros,
obtendo Pagu como fonte de pesquisa: Pagu – Patrícia Galvão: livre na
imaginação, no espaço e no tempo; Croquis de Pagu; e Viva Pagu – fotobiografia
de Patrícia Galvão.
[2] Expressão
usada para definir Pagu. Para saber sobre a história de Plínio Marcos,
acesse:< http://www.pliniomarcos.com/dados/origens.htm>.
Acesso em 29 de Novembro de 2015.
[3] A
citação foi retirada do seguinte link: < http://www.saraivaconteudo.com.br/Entrevistas/Post/10408>
Acesso em 24 de Novembro de 2015.
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