Universidade Estadual da Paraíba
(UEPB)
Centro de Educação (CEDUC)
Departamento de História
Programa Institucional de Bolsa de
Iniciação à Docência - PIBID/CAPES
Escola Estadual de Ensino Médio e
Profissionalizante Dr. Elpídio de Almeida – Estadual da Prata
Série: 3º ano do Ensino Médio Turma: A e B Ensino Integral
Professor Supervisor: Eriberto
Souto
Bolsistas: Ítalo Pereira de Sousa; Juliana
Karol de Oliveira Falcão; Juliana Nascimento de Almeida; Jéssica Kaline; Tissiane
Emanuella Albuquerque Gomes.
TEXTO
INTRODUTÓRIO: FASCISMO
Durante
o século XIX predominaram no Ocidente as políticas liberais. No entanto, no
começo do século XX, tendo em vista o desequilíbrio sócioeconômico acarretado
pela Primeira Guerra Mundial, bem como o medo de que a revolução comunista da
Rússia influenciasse os países europeus, as posições políticas foram
repensadas. Nesse sentido, destaca-se a ideia de que o liberalismo não é capaz
de combater as crises sócioeconômicas e o comunismo. Diante disso, defende-se a
concepção de um Estado intervencionista, no âmbito da qual surgem propostas
totalitárias.
No
totalitarismo não vigora formas de livre participação política, são censurados
os meios de comunicação, prevalecendo a repressão e a violência política. No
Estado totalitário se dá o culto a uma personalidade e o sistema de partido
único, sendo imposto a sociedade um modelo de organização militar. A
militarização do povo é de importância fundamental para o patriotismo
extremado. Com o partido e o Estado voltados para a defesa da nação, os interesses
individuais e de classe não possuem legitimidade.
Os
governos totalitários são nomeados como fascistas tendo em vista a experiência
italiana. Com o fim da Primeira Guerra Mundial, embora integrando o grupo
vencedor, os italianos foram contemplados com poucos territórios,
diferentemente do que havia sido combinado com os aliados de guerra. Nesse
contexto, influenciados pelo exemplo russo, trabalhadores iatalianos executaram
greves e rebeliões, amedrontando a alta burguesia.
Nesse
âmbito, cresce a concepção da fraqueza do governo liberal, ao mesmo tempo que
se desenvolve ideias que defendiam um Estado forte. Estas partiam de grupos
conservadores e nacionalistas que apoiavam ações violentas para reprimir os
revolucionários. Muitos desses grupos eram formados por ex-soldados, dentre os
quais encontrava-se o grupo liderado por Benito Mussolini – jornalista,
ex-socialista e ex-combatente de guerra – que resultou no Partido Nacional
Fascista, em 1921. Através da criação de uma milícia conhecida como camisas
negras, os fascistas atacaram partidos, sindicatos, além de jornais operários.
A
demonstração do poder do movimento deu-se em 1922, quando os fascistas
realizaram a Marcha sobre Roma, com intuito de exigir que o rei Vitor Emanuel
III nomeasse Mussoline como primeiro-ministro. Pressionado, a referida
autoridade convocou Mussolini para integrar o governo, passando o poder para o
Partido Nacional Fascista.
Inserido
na esfera do poder político central, Mussolini impôs seu projeto político
autoritário e centralizador, livrando-se da oposição através de fraudes nas eleições,
persseguições, bem como assassinatos. Apenas o Partido Nacional Fascista podia
funcionar e o controle dos sindicatos foi tomado pelos fascistas.
A
figura de Mussolini era cultuada, o qual durante seu regime conseguiu firmar o
Tratado de Latrão com o papa Pio XI, em 1929, que formalizou a existência do
Estado do Vaticano sob a autoridade do papa, o que aproximou a população
católica italiana do regime totalitário. Além disso, o líder fascista realizou
a Carta del Lavoro, que organizou os direitos dos trabalhadores sem os conceder
benefícios, na mesma as greves foram proibidas.
Tentando
contornar a recessão econômica provocada pela crise de 1929, o governo de
Mussolini entra na corrida imperialista e ocupa a Etiópia em 1935. A pressão
das demais potências capitalistas resulta na Segunda Guerra Mundial, quando a Itália
se aproxima da Alemanha Nazista.
Referências
SOUSA,
Rainei. Fascismo na Itália.
Disponível em: <http://www.brasilescola.com/historiag/fascismo.htm>.
Acesso em: 01 agosto 2015.
VAZ,
Valéria. Ser Protagonista: História,
3º ano: ensino médio. São Paulo: Edições SM, 2013.
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