Universidade Estadual da Paraíba
Central Integrada de Aulas- CIA
Departamento de História- DH
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência- PIBID/CAPES
Subprojeto de História
E.E.E.F.M. Professor Raul Córdula
Supervisora: Ivanilda Matias Bezerra Bolsista: Jéssica Salvino Mendes
Série 9º ano Turma: "e" Turno: Tarde
Texto de apoio:
Nascidas das Revoluções: invenções e
descobertas que modificaram o mundo.
A
Revolução Industrial foi um período de intensas transformações econômicas e
sociais. Ela de fato modificou a estrutura dos modos e dos meios de produzir e
introduziu primeiramente na Europa o modelo da fábrica moderna.
Em
sua primeira fase ocorrida na Inglaterra do século XVIII, a Revolução Industrial
substitui o trabalho manufatureiro pelo trabalho fabril e transferiu a energia
física humana para a energia mecânica das máquinas.
Mas,
por que a Inglaterra saiu na frente no processo da Revolução Industrial? Quatro
fatores podem ser apontados como importantes para isso. O primeiro deles vinha
ocorrendo desde o século XVI: o mercantilismo, que levou a Inglaterra ao acumular
capital, a expandir seu comércio, a ter nas mãos o monopólio do tráfico de
escravos e à prática da pirataria. O segundo fator, foi a mão de obra
disponível por conta do processo de cerramento dos campos (Enclosure Acts) que resultou no êxodo rural dos camponeses para as
cidades. O terceiro fator importante foi a Revolução Gloriosa, a partir dela a
burguesia derrubou a monarquia absolutista, e ascendeu política, social e
economicamente. Alguns fatores naturais também contribuíram para este processo,
foi o caso das jazidas de carvão, fonte vital para a máquina a vapor.
O
vapor e o ferro foram os personagens principais no palco das invenções desta
primeira Revolução, que levaram ao desenvolvimento dos setores têxtil,
siderúrgico e agrícola. Vejamos a seguir os principais inventos e seus
criadores:
Em
1733, Jhon Kay criou a laçadeira mecânica, que favoreceu uma
série de melhoramentos no processo de fiação e tecelagem do algodão, agora
mecanizado. James Hargreaves
aperfeiçoo em 1756 sua máquina de fiar
a Spinning
Jenny como inúmeros furos, o
que levou ao aumento da produção. O tear
mecânico de Edmund Cartwright criado em 1784, se adaptou mais tarde ao uso do motor a vapor, criado em 1776 por James Watt, resultando no aumento da
produção e menor preço dos produtos finais. Já o descaroçador de algodão, criado em 1793, pelo norte americano Eli Whitney possibilitou a separação
rápida e eficaz do algodão da sua semente.
Mas
adiante no inicio do século XIX, a primeira Revolução Industrial dava seus
sinais de avanço. Em 1800 o italiano Alessandro Volta trouxe ao mundo a
primeira pilha elétrica, ou pilha de Volta e o norte americano Robert Fulton (1765-1815) em 1807 criou o barco
a vapor, que permitiu a embarcação locomoção sem a dependência do vento.
A
partir da segunda metade do século XIX o mundo assistiu o desenvolvimento do
capitalismo ultrapassar as fronteiras da Inglaterra. Pelo resto da Europa, nos
Estados Unidos da América e no Japão a intensa aceleração da indústria
associada a este avanço capitalista, resultou na segunda fase da Revolução
Industrial. Esta segunda fase se evidenciou pelas invenções e descobertas que,
aliadas a ciência moderna impulsionaram o universo da indústria das
comunicações e dos transportes. Foi uma revolução cientifica na tecnologia da
época, como é possível perceber nas descobertas e invenções expostas abaixo.
No
ano de 1856 o engenheiro britânico Henry
Bessemer descobriu
através do processo que leva seu sobrenome, como produzir o aço. O material mais barato e
resistente do que o ferro servia a indústria bélica, a construção civil e na
fabricação de maquinário. Em 1870, Zénobe
Gramme inventa
o dínamo. Esta peça ficou sendo
responsável pela produção de energia e sua transmissão à longa distância
possibilitou mais tarde a lâmpada
incandescente inventada por Thomas
Edison em 1881.
Em 1876 o italiano Antonio
Mucci cria o telefone, que no mesmo ano foi
patenteado pelo britânico Alexander Graham Bell. O microfone de carbono é descoberto pelo inventor inglês David Hughe em 1878. Já em 1889, Emile Berliner desenvolve o gramofone, aparelho que permite reprodução e gravação mecânica do som. Ainda na
área da comunicação em 1901, 75 anos após o telefone, é criado o rádio pelo
italiano Guglielmo Marconi.
Mas
nem só de inventores o mundo das criações foi feito. Muitas inventoras também deixaram
suas marcas. A norte americana Josephine Cochrane criou em 1856 uma eficiente máquina de
lavar louças e mais a frente, já no inicio do século XX outra norte
americana Mary Anderson cria em 1903
o limpador de para-brisas. Em 1889 a enfermeira Letitia Geer cria o modelo de seringa moderna, que facilitou bastante
a rotina dos profissionais da área da saúde. E ainda nesta área, destaca-se o
físico alemão Wilhelm Conrad Röntgen responsável por produzir o efeito do raio-X que auxiliou no diagnostico
de doenças através de imagens.
Todas essas invenções e descobertas ocorridas com a
Revolução Industrial em suas duas fases, causaram inúmeras rupturas e trouxeram
algumas consequências para o mundo. Essas mudanças ocorreram na economia, com o
avanço do capitalismo na ciência, com o desenvolvimento da medicina, na cultura
com as mudanças de hábitos e costumes e no social com o enriquecimento rápido
de alguns e a pobreza crescente de muitos.
Referências:
BOULOS, Alfredo
Júnior. Industrialização e imperialismo. In: História Sociedade & Cidadania. São Paulo: FTD, 2009, p. 10-13.
MOCELIN, Renato;
CAMARGO, Rosiane de. No mundo das fábricas: industrialização e trabalho. In: História em Debate. 3 ed. São Paulo: Editora
do Brasil, 2013, p. 150-157.
PEDRO, Antonio;
LIMA, Lizânias de Souza; CARVALHO, Yone de. Revoluções Inglesas. In: História do mundo Ocidental. São Paulo:
FTD, 2005, p 232-240.
Só biografias.
Disponível em: <http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/index.html?submit=Home+Page>. Acesso em:
20 de Março de 2015.
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