Universidade Estadual da Paraíba
Central Integrada de Aulas- CIA
Departamento de História- DH
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência - PIBID/CAPES
E.E.E.F.M Professor Raul Córdula
Série: 9 ano Turma: “e” Turno: Tarde
Professora Supervisora: Ivanilda Matias Bezerra Bolsista: Sabrina Kelly Dias Lopes
Texto Introdutório:
A
partilha da África
A África já vinha sendo conquista desde os
séculos XV e XVII por Portugal e Espanha através das Grandes Navegações. Até o
século XIX a exploração do continente se dava apenas no litoral, com o tráfico
negreiro, mas é com o crescimento de outras potências europeias, que vai haver
um maior número de nações explorando e adentrando o interior do continente. A
exploração vai ser motivada por interesses em matérias primas como o ouro e o diamante,
e por regiões próximas ao Mar Mediterrâneo, facilitador do comércio marítimo.
Na
metade do século XIX e início do XX o território africano começa a ser dividido
e definindo entre os exploradores estrangeiros. Pouco tempo depois, com a Conferência
de Berlim na Alemanha em 28 de fevereiro de 1885, foi estabelecida a
delimitação de fronteiras na África e outras normas a serem seguidas pelas
potências colonizadoras, estas medidas ajudaram a evitar que os países europeus
entrassem em conflito.
A
nação líder do imperialismo foi a Inglaterra, sua dominação se deu do norte do
Mar Mediterrâneo até o extremo Sul do continente africano, nesta região se
encontrava o Cabo da Boa Esperança. Benjamin Disraeli se destaca como
importante britânico no processo de conquista, ele consegue tomar da França e
do Egito o Canal de Suez. Disraeli adquiriu ações do governo egípcio, fazendo
com que o canal de Suez e todo Egito tivessem dupla administração: inglesa e
francesa. A França, apesar de ter perdido o Egito para os britânicos, dominava
Argélia, Tunísia, ilha de Madagascar, Somália Francesa, Marrocos e Sudão
(depois dominado pela Inglaterra) desde 1830.
A
Alemanha dominava a região que atualmente é conhecida como República dos
Camarões, Togo, sudeste e oriente da África. Já a Itália deteve o litoral da
Líbia, Somália e Eritréia. A Bélgica ficou com o Congo, onde Leopoldo II
chamava território de “Estado-livre do Congo” estima-se que dez milhões de
africanos morreram com esta dominação. Além disso, Leopoldo II extraiu duas
grandes riquezas do Congo: a borracha e o marfim.
A
Espanha por sua vez, ficou com uma parte do Marrocos, e a Guiné Equatorial, uma
pequena porção de terra do que seria a África Equatorial Francesa.
Já
Portugal dominou as regiões de Guiné, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe e
as ilhas de Cabo Verde.
As
consequências da divisão do continente africano estabelecidas por acordo de
interesses dos seus conquistadores, gerou graves conflitos sociais, culturais,
problemas étnicos, econômicos e políticos que refletem na África até hoje. Não
houve regime político que tenha funcionado no continente e a miséria que toma a
população do continente tem origens na dívida externa que cresce a cada ano.
Referência:
BOULOS, Alfredo
Júnior.O Imperialismo na África. In: História
Sociedade & Cidadania. São Paulo: FTD, 2009, p.15-18
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