domingo, 24 de maio de 2015

Texto Introdutório "A partilha da África"



        Universidade Estadual da Paraíba

Central Integrada de Aulas- CIA

Departamento de História- DH

Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência - PIBID/CAPES

E.E.E.F.M Professor Raul Córdula

Série: 9 ano   Turma: “e”   Turno: Tarde

Professora Supervisora: Ivanilda Matias Bezerra     Bolsista: Sabrina Kelly Dias Lopes


Texto Introdutório:


A partilha da África

 A África já vinha sendo conquista desde os séculos XV e XVII por Portugal e Espanha através das Grandes Navegações. Até o século XIX a exploração do continente se dava apenas no litoral, com o tráfico negreiro, mas é com o crescimento de outras potências europeias, que vai haver um maior número de nações explorando e adentrando o interior do continente. A exploração vai ser motivada por interesses em matérias primas como o ouro e o diamante, e por regiões próximas ao Mar Mediterrâneo, facilitador do comércio marítimo.
Na metade do século XIX e início do XX o território africano começa a ser dividido e definindo entre os exploradores estrangeiros. Pouco tempo depois, com a Conferência de Berlim na Alemanha em 28 de fevereiro de 1885, foi estabelecida a delimitação de fronteiras na África e outras normas a serem seguidas pelas potências colonizadoras, estas medidas ajudaram a evitar que os países europeus entrassem em conflito.
A nação líder do imperialismo foi a Inglaterra, sua dominação se deu do norte do Mar Mediterrâneo até o extremo Sul do continente africano, nesta região se encontrava o Cabo da Boa Esperança. Benjamin Disraeli se destaca como importante britânico no processo de conquista, ele consegue tomar da França e do Egito o Canal de Suez. Disraeli adquiriu ações do governo egípcio, fazendo com que o canal de Suez e todo Egito tivessem dupla administração: inglesa e francesa. A França, apesar de ter perdido o Egito para os britânicos, dominava Argélia, Tunísia, ilha de Madagascar, Somália Francesa, Marrocos e Sudão (depois dominado pela Inglaterra) desde 1830.
A Alemanha dominava a região que atualmente é conhecida como República dos Camarões, Togo, sudeste e oriente da África. Já a Itália deteve o litoral da Líbia, Somália e Eritréia. A Bélgica ficou com o Congo, onde Leopoldo II chamava território de “Estado-livre do Congo” estima-se que dez milhões de africanos morreram com esta dominação. Além disso, Leopoldo II extraiu duas grandes riquezas do Congo: a borracha e o marfim.
A Espanha por sua vez, ficou com uma parte do Marrocos, e a Guiné Equatorial, uma pequena porção de terra do que seria a África Equatorial Francesa.
Já Portugal dominou as regiões de Guiné, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe e as ilhas de Cabo Verde.
As consequências da divisão do continente africano estabelecidas por acordo de interesses dos seus conquistadores, gerou graves conflitos sociais, culturais, problemas étnicos, econômicos e políticos que refletem na África até hoje. Não houve regime político que tenha funcionado no continente e a miséria que toma a população do continente tem origens na dívida externa que cresce a cada ano.

Referência:
BOULOS, Alfredo Júnior.O Imperialismo na África. In: História Sociedade & Cidadania. São Paulo: FTD, 2009, p.15-18







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