segunda-feira, 20 de julho de 2015

A GRANDE PÉROLA

Tinha pouco mais de sete anos quando ganhei da minha avó meu primeiro animal de estimação. Ele era um lindo, esbelto e vistoso peixe dourado. Fiquei bastante feliz com a sua chegada, não me cansava de ficar admirando-o no aquário. Logo eu, filha única, sozinha e tímida, havia ganhado um peixe para ser minha companhia. Passei dias e dias pensando em um nome legal para dar a ele, foi quando veio em minha cabeça o nome Frank, ou melhor, o sobrenome Frank (Sempre fui apaixonada pela Segunda Guerra Mundial e em especial pela Anne Frank).
O tempo passou e eu conheci as novas pessoas, os novos amigos da minha idade e, então, comecei a deixar Frank de lado, mal ligava para ele. Certo dia saí de manhã para a casa de Paula, minha nova amiga na época, e deixei Frank só. Esqueci-me de alimentá-lo.  Eu voltei para casa somente às dez horas da noite e só vim porque a minha mãe foi me buscar. Chego e me deparo com Frank morto.

Foi tão doloroso para mim, uma dor me invadiu, uma sensação de culpa, nossa! Por que deixei isso acontecer? Minha mãe me viu chorando e, então, contei a ela o motivo. Depois de tudo tive que dar descarga no Frank. Passei noites e mais noites chorando e até hoje não me perdôo. Aprendi com a dor a dar valor às pequenas coisas, pois são as que nos fazem mais felizes e como diz o ditado “Só damos valor depois que perdemos”.

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