Tinha pouco mais de sete anos quando ganhei
da minha avó meu primeiro animal de estimação. Ele era um lindo, esbelto e
vistoso peixe dourado. Fiquei bastante feliz com a sua chegada, não me cansava
de ficar admirando-o no aquário. Logo eu, filha única, sozinha e tímida, havia
ganhado um peixe para ser minha companhia. Passei dias e dias pensando em um
nome legal para dar a ele, foi quando veio em minha cabeça o nome Frank, ou
melhor, o sobrenome Frank (Sempre fui apaixonada pela Segunda Guerra Mundial e
em especial pela Anne Frank).
O tempo passou e eu conheci as novas pessoas,
os novos amigos da minha idade e, então, comecei a deixar Frank de lado, mal
ligava para ele. Certo dia saí de manhã para a casa de Paula, minha nova amiga
na época, e deixei Frank só. Esqueci-me de alimentá-lo. Eu voltei para casa somente às dez horas da
noite e só vim porque a minha mãe foi me buscar. Chego e me deparo com Frank
morto.
Foi tão doloroso para mim, uma dor me
invadiu, uma sensação de culpa, nossa! Por que deixei isso acontecer? Minha mãe
me viu chorando e, então, contei a ela o motivo. Depois de tudo tive que dar
descarga no Frank. Passei noites e mais noites chorando e até hoje não me perdôo.
Aprendi com a dor a dar valor às pequenas coisas, pois são as que nos fazem
mais felizes e como diz o ditado “Só damos valor depois que perdemos”.
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