Já fazia pouco mais de quatro meses a provação,
no total um ano de complicações e tentativas. No início achei-me forte o
suficiente, logo quando a noite chegou vi que não era nada. Escuridão,
silêncio, eu em minha cama e o pensamento distante. Venci o medo e adormeci.
Quem dera ter tido uma visão do que estava
por vir, teria tirado de letra a noite anterior; as falas que estavam por vir
eu já sabia de cor, outrora já ouvi há tempos. Porém, o temor me acompanhava e
logo esperava a certeza de que minha vida mudaria.
Nunca imaginei que seria dessa maneira tão
traumática, começou dizendo: “Eu te amo, vai ficar tudo bem, isto não é uma
pedra de tropeço, será vitória no seu futuro”. Meus olhos lacrimejaram, eu
esperava o pior!
Uma doce voz, porém trêmula, um olhar
inocente de uma doce criança em transição; em meio a esse monólogo, pergunta
com um aperto no coração: “Mãe, você está gravida?” E para a sua decepção ela
ouviu o “Sim”. Não era mais a única, mas superou.
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