segunda-feira, 20 de julho de 2015

O SIM MAIS DOLOROSO

Já fazia pouco mais de quatro meses a provação, no total um ano de complicações e tentativas. No início achei-me forte o suficiente, logo quando a noite chegou vi que não era nada. Escuridão, silêncio, eu em minha cama e o pensamento distante. Venci o medo e adormeci.
Quem dera ter tido uma visão do que estava por vir, teria tirado de letra a noite anterior; as falas que estavam por vir eu já sabia de cor, outrora já ouvi há tempos. Porém, o temor me acompanhava e logo esperava a certeza de que minha vida mudaria.
Nunca imaginei que seria dessa maneira tão traumática, começou dizendo: “Eu te amo, vai ficar tudo bem, isto não é uma pedra de tropeço, será vitória no seu futuro”. Meus olhos lacrimejaram, eu esperava o pior!
Uma doce voz, porém trêmula, um olhar inocente de uma doce criança em transição; em meio a esse monólogo, pergunta com um aperto no coração: “Mãe, você está gravida?” E para a sua decepção ela ouviu o “Sim”. Não era mais a única, mas superou.


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