segunda-feira, 20 de julho de 2015

O DIA EM QUE SALVEI UMA VIDA

Tudo começou quando eu tinha cinco anos, era uma noite com o céu nublado e tinha acabado de chover. Eu estava em direção ao sítio do meu avô localizado em São José da Mata. No caminho observamos um amontoado de pessoas e um carro do SAMU, saímos do carro e fomos ver o que havia acontecido. Quando chegamos mais perto, notamos que se tratava de um acidente automobilístico entre um carro e uma moto.
Tinha muito sangue no local e mais a frente quatro pessoas estiradas no chão e elas estavam ensanguentadas. Os médicos haviam examinado três das quatro pessoas que infelizmente estavam mortas. Colocaram os corpos em sacos pretos e se prepararam para ir embora. Meu avô estava comigo nos braços quando reparei na última pessoa (que era um rapaz por volta dos 20 anos), ele estava mexendo levemente a sua mão direita e foi aí que gritei: “Olha ali, mexeu a mão. Está vivo!”. Então, todos os médicos foram socorrer o rapaz, o colocaram na ambulância do SAMU e se dirigiram ao hospital.
Quando o SAMU foi embora, eu e meu avô seguimos o nosso caminho e ao chegarmos ao sítio contamos tudo que havia ocorrido para a nossa família. Alguns meses depois eu estava no centro com meu avô quando nos deparamos com o rapaz que havia sofrido o acidente. Ele apontou para mim e falou para os seus amigos: “Olha, esta foi a menina que salvou a minha vida. Se não fosse por ela estaria morto agora”. Fiquei tão feliz por isso.
Não me importo do que me intitulem, porque nunca vou esquecer-me do fato de que, quando era criança, um dia salvei uma vida. E me orgulho muito disso. Toda vez que me recordo fico muito alegre. Por fim, essa é minha história.

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