Universidade
Estadual da Paraíba (UEPB)
Centro
de Educação (CEDUC)
Departamento
de História
Programa
Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID/CAPES
E.E.E.F.
M Professor Raul Córdula
Série:
9º ano do Ensino Fundamental II Turno:
Tarde
Professor
Supervisor (a): Ivanilda Matias
Bolsistas:
Francine
Santos
Leonardo
Lira
Rayssa
Eutália
Sabrina
Lopes
Texto
Introdutório – Primeira Guerra Mundial
A
disputa imperialista e algumas questões nacionalistas foram responsáveis pela
Primeira Guerra Mundial, um confronto de grandes proporções que envolveu muitos
países, canalizou durante quatro anos grande parte dos recursos mundiais para a
produção bélica e, principalmente, causou a morte de milhões de pessoas.
Na virada do século XIX para o século XX, um
conjunto de conflitos de caráter imperialista ou nacionalista evidenciava o
alto risco de um confronto de amplas proporções. Os interesses em conflito às
vésperas da Primeira Guerra Mundial eram os seguintes:
•
A Inglaterra e a Alemanha disputavam diretamente a hegemonia econômica e
política sobre o mundo.
•
Na Península Balcânica estava em curso, desde o século XVII, um conflito entre
Rússia e o Império Turco Otomano. No início do século XX, os problemas na
região se intensificaram e deram às duas Guerras Balcânicas (1912 e 1913),
envolvendo Montenegro, Sérvia, Bulgária, Croácia, Turquia, Grécia e Romênia. A
dificuldade em solucionar a questão balcânica foi um dos fatores de eclosão da
guerra de 1914.
•
A França queria retomar as regiões da Alsácia.
Os antagonismos levaram à criação de um
sistema de alianças e à formação de grupos de países que assumiam o compromisso
de ajuda mútua, em caso de agressão.
Os dois grupos e seus principais membros
eram:
•Tríplice
Aliança (potências centrais). Alemanha, Império Austro-Húngaro e Itália (em
1915, a Itália passou a integrar a Tríplice Entente).
•Tríplice
Entente (países aliados). Inglaterra, França e Rússia.
Nesse contexto crítico, em 28 de junho de
1914, o assassinato do arqueduque austro-húngaro, Francisco Ferdinando, por um militante bósnio que lutava pela
autonomia de sua província, serviu de pretexto para o início da guerra.
Os dois blocos – Tríplice Aliança e Tríplice
Entente – entraram em combate, e a Alemanha ficou geograficamente presa entre
dois inimigos: a França e a Rússia. Para evitar o ataque pelos dois flancos, o
kaiser Guilherme II usou todo seu poder militar para atacar a França, na
expectativa de eliminar um dos seus oponentes. No início, o plano deu certo e
os alemães conseguiram chegar a uma área de 30 km de Paris; nesse ponto, porém,
encontraram forte resistência das tropas francesas e inglesas
.
Durante o ano de 1914, a luta havia
caracterizado como guerra de movimento,
ou seja, as tropas germânicas avançavam e as francesas recuavam. A resistência
dos aliados deu início a uma outra forma de luta, chamada de guerra de trincheiras: os soldados
construíam redes de trincheiras (escavações a céu aberto), onde ficavam
aquartelados, frente a frente, a espera de um melhor momento para atacar. Era
uma luta pela manutenção da posição já conquistada e, muitas vezes, para
avançar apenas alguns quilômetros.
Durante a Primeira Guerra Mundial, as mulheres que viviam nos países
envolvidos no conflito, sofreram as consequências. Enquanto os homens
deslocavam-se em grande quantidade para os campos de batalha, mulheres de
classe média e alta passaram a trabalhar fora de casa.
No campo as mulheres ficaram responsáveis
pela produção agrícola e pela criação de animais. As que viviam nas cidades
foram trabalhar com transportes, dirigindo ônibus e caminhões, e também nas
indústrias, entre elas a bélica. Muitas mulheres também se dirigiram para os
campos de batalha para trabalhar como enfermeiras, cozinheiras, motoristas de
ambulâncias e etc.
Em 1917, ocorreu a revolução bolchevique na
Rússia. Os governantes propuseram paz aos alemães. No dia 15 de dezembro de
1917, os russos assinaram um
armistício com o governo alemão e se
retiraram do conflito.
O FIM DA GUERRA E O TRATADO DE VERSALHES
Em 1917, havia um certo impasse no desenrolar
da guerra, provocado pelo equilíbrio de forças entre os dois grupos em combate.
Em fevereiro, na tentativa de tirar a Inglaterra da Luta, os submarinos alemães
passaram a atacar todos os navios que se aproximavam daquele país. Nessa
campanha acabaram afundando navios norte-americanos que se dirigiam a Grã-Bretanha.
Entendendo que seus direitos estavam sendo desrespeitados, os Estados Unidos declararam guerra à Alemanha
em abril 1917.
A
chegada das tropas norte-americanas à Europa só aconteceu no mês de dezembro
daquele ano, quando os demais países envolvidos na guerra já estavam esgotados.
A participação do exército dos Estados Unidos rompeu o equilíbrio de forças a
favor da Tríplice Entente, e os alemães e seus aliados já não tinham meios de
se reorganizarem. Em novembro de 1918 foi assinado o armistício no qual a
Alemanha e seus aliados reconheciam a derrota.
O
Tratado de Versalhes, documento que determinou as condições da paz, foi
assinado em 1919.O tratado considerou a Alemanha culpada pela
guerra e impôs àquele país o pagamento de pesadas indenizações pelos prejuízos
causados: determinou a devolução dos territórios da Alsácia e da Lorena à
França e a criação do corredor polonês uma faixa estreita de terra que
atravessava o território alemão e ligava a Polônia ao porto de Dantzig, dando
aos poloneses uma saída para o mar. Além disso, os alemães ficaram proibidos de
reorganizar seus exércitos e tiveram de sair das áreas onde praticavam o
imperialismo.
As determinações do Tratado de Versalhes
condenaram a Alemanha ao empobrecimento e ao enfraquecimento de seu poder
militar. Em 28 de abril de 1919 foi
criada a Liga das Nações. Com sede na cidade de Genebra, na Suíça, essa
organização devia servir como árbitro nos conflitos internacionais e garantir a
paz mundial, entretanto, com a ausência de nações como Estados Unidos, Alemanha
e Rússia, a Liga das Nações possuía pouco poder de influência e de arbitragem
nos conflitos armados, mostrando-se um verdadeiro fiasco.
Referências
bibliográficas:
MELLO, Leonel Itaussu
Almeida; COSTA, Luís César Amad. História
moderna e contemporânea. 5ª edição. São Paulo, 2001.
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