domingo, 26 de julho de 2015

Texto Introdutório - Redescobrindo a Primeira Guerra Mundial

Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
Centro de Educação (CEDUC)
Departamento de História
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID/CAPES
E.E.E.F. M Professor Raul Córdula
Série: 9º ano do Ensino Fundamental II           Turno: Tarde
Professor Supervisor (a): Ivanilda Matias
Bolsistas:
Francine Santos
Leonardo Lira
Rayssa Eutália
Sabrina Lopes

Texto Introdutório – Primeira Guerra Mundial

A disputa imperialista e algumas questões nacionalistas foram responsáveis pela Primeira Guerra Mundial, um confronto de grandes proporções que envolveu muitos países, canalizou durante quatro anos grande parte dos recursos mundiais para a produção bélica e, principalmente, causou a morte de milhões de pessoas.

  Na virada do século XIX para o século XX, um conjunto de conflitos de caráter imperialista ou nacionalista evidenciava o alto risco de um confronto de amplas proporções. Os interesses em conflito às vésperas da Primeira Guerra Mundial eram os seguintes:
• A Inglaterra e a Alemanha disputavam diretamente a hegemonia econômica e política sobre o mundo.

• Na Península Balcânica estava em curso, desde o século XVII, um conflito entre Rússia e o Império Turco Otomano. No início do século XX, os problemas na região se intensificaram e deram às duas Guerras Balcânicas (1912 e 1913), envolvendo Montenegro, Sérvia, Bulgária, Croácia, Turquia, Grécia e Romênia. A dificuldade em solucionar a questão balcânica foi um dos fatores de eclosão da guerra de 1914.

• A França queria retomar as regiões da Alsácia.
  Os antagonismos levaram à criação de um sistema de alianças e à formação de grupos de países que assumiam o compromisso de ajuda mútua, em caso de agressão.

  Os dois grupos e seus principais membros eram:

•Tríplice Aliança (potências centrais). Alemanha, Império Austro-Húngaro e Itália (em 1915, a Itália passou a integrar a Tríplice Entente).
•Tríplice Entente (países aliados). Inglaterra, França e Rússia.

 Nesse contexto crítico, em 28 de junho de 1914, o assassinato do arqueduque austro-húngaro, Francisco Ferdinando, por um militante bósnio que lutava pela autonomia de sua província, serviu de pretexto para o início da guerra.

Os dois blocos – Tríplice Aliança e Tríplice Entente – entraram em combate, e a Alemanha ficou geograficamente presa entre dois inimigos: a França e a Rússia. Para evitar o ataque pelos dois flancos, o kaiser Guilherme II usou todo seu poder militar para atacar a França, na expectativa de eliminar um dos seus oponentes. No início, o plano deu certo e os alemães conseguiram chegar a uma área de 30 km de Paris; nesse ponto, porém, encontraram forte resistência das tropas francesas e inglesas
.
 Durante o ano de 1914, a luta havia caracterizado como guerra de movimento, ou seja, as tropas germânicas avançavam e as francesas recuavam. A resistência dos aliados deu início a uma outra forma de luta, chamada de guerra de trincheiras: os soldados construíam redes de trincheiras (escavações a céu aberto), onde ficavam aquartelados, frente a frente, a espera de um melhor momento para atacar. Era uma luta pela manutenção da posição já conquistada e, muitas vezes, para avançar apenas alguns quilômetros.

Durante a Primeira Guerra Mundial, as mulheres que viviam nos países envolvidos no conflito, sofreram as consequências. Enquanto os homens deslocavam-se em grande quantidade para os campos de batalha, mulheres de classe média e alta passaram a trabalhar fora de casa.

No campo as mulheres ficaram responsáveis pela produção agrícola e pela criação de animais. As que viviam nas cidades foram trabalhar com transportes, dirigindo ônibus e caminhões, e também nas indústrias, entre elas a bélica. Muitas mulheres também se dirigiram para os campos de batalha para trabalhar como enfermeiras, cozinheiras, motoristas de ambulâncias e etc.

 Em 1917, ocorreu a revolução bolchevique na Rússia. Os governantes propuseram paz aos alemães. No dia 15 de dezembro de 1917, os russos assinaram um armistício com o governo alemão e se retiraram do conflito.

 O FIM DA GUERRA E O TRATADO DE VERSALHES

 Em 1917, havia um certo impasse no desenrolar da guerra, provocado pelo equilíbrio de forças entre os dois grupos em combate. Em fevereiro, na tentativa de tirar a Inglaterra da Luta, os submarinos alemães passaram a atacar todos os navios que se aproximavam daquele país. Nessa campanha acabaram afundando navios norte-americanos que se dirigiam a Grã-Bretanha. Entendendo que seus direitos estavam sendo desrespeitados, os Estados Unidos declararam guerra à Alemanha em abril 1917.

A chegada das tropas norte-americanas à Europa só aconteceu no mês de dezembro daquele ano, quando os demais países envolvidos na guerra já estavam esgotados. A participação do exército dos Estados Unidos rompeu o equilíbrio de forças a favor da Tríplice Entente, e os alemães e seus aliados já não tinham meios de se reorganizarem. Em novembro de 1918 foi assinado o armistício no qual a Alemanha e seus aliados reconheciam a derrota.

 O Tratado de Versalhes, documento que determinou as condições da paz, foi assinado em 1919.O tratado considerou a Alemanha culpada pela guerra e impôs àquele país o pagamento de pesadas indenizações pelos prejuízos causados: determinou a devolução dos territórios da Alsácia e da Lorena à França e a criação do corredor polonês uma faixa estreita de terra que atravessava o território alemão e ligava a Polônia ao porto de Dantzig, dando aos poloneses uma saída para o mar. Além disso, os alemães ficaram proibidos de reorganizar seus exércitos e tiveram de sair das áreas onde praticavam o imperialismo.

 As determinações do Tratado de Versalhes condenaram a Alemanha ao empobrecimento e ao enfraquecimento de seu poder militar. Em 28 de abril de 1919 foi criada a Liga das Nações. Com sede na cidade de Genebra, na Suíça, essa organização devia servir como árbitro nos conflitos internacionais e garantir a paz mundial, entretanto, com a ausência de nações como Estados Unidos, Alemanha e Rússia, a Liga das Nações possuía pouco poder de influência e de arbitragem nos conflitos armados, mostrando-se um verdadeiro fiasco.

Referências bibliográficas:

MELLO, Leonel Itaussu Almeida; COSTA, Luís César Amad. História moderna e contemporânea. 5ª edição. São Paulo, 2001.

Nenhum comentário:

Postar um comentário