segunda-feira, 3 de agosto de 2015

TEXTO INTRODUTÓRIO: CRISE DO LIBERALISMO

Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
Centro de Educação (CEDUC)
Departamento de História
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID/CAPES
Escola Estadual de Ensino Médio e Profissionalizante Dr. Elpídio de Almeida – Estadual da Prata
Série: 3º ano do Ensino Médio          Turma: A e B            Ensino Integral
Professor Supervisor: Eriberto Souto

Bolsistas:
Ítalo Pereira de Sousa
Juliana Karol de Oliveira Falcão
Juliana Nascimento de Almeida
Jéssica Kaline
Tissiane Emanuella Albuquerque Gomes

TEXTO INTRODUTÓRIO: CRISE DO LIBERALISMO

Após a Primeira Guerra Mundial, muitos países europeus entraram em profunda crise econômica e os territórios ficaram devastados pela guerra. O único beneficiado após a guerra foi os Estados Unidos, que se tornara a maior potência econômica mundial. A economia dos EUA crescera, pois este se apoderou dos mercados econômicos antes dominados por países europeus e se tornou o maior credor dos países europeus. Os EUA implantaram uma cultura de consumo e até um estilo de vida – o american way of life. Além do crescimento econômico também se observou o crescimento demográfico.
No entanto, esse crescimento econômico não atingia todas as camadas da sociedade americana, pois os negros eram submetidos a uma política de segregação e preconceito. Os operários eram submetidos a baixos salários e longas jornadas de trabalho, as crianças e as mulheres ganhavam ainda menos. Os movimentos sindicais eram reprimidos pelo governo e os imigrantes também sofriam com preconceito e com as cotas pós-guerra para cada nacionalidade.
Nos primeiros anos do século XX, os governos republicanos predominavam e com ele a opressão as camadas mais baixas da sociedade. Em contraposição aos governos opressores, muitos movimentos de resistência se iniciaram a partir das primeiras décadas do século XX, que lutavam contra a discriminação e a pobreza na sociedade estadunidense. Proliferaram-se muitos sindicatos, os quais promoviam greves; enquanto o Partido Socialista da América também procurou organizar o movimento operário através de uma proposta marxista de ação proletária. O movimento feminista articulou-se na luta pelo voto das mulheres e pela igualdade de Gênero. O jazz foi uma ferramenta artística e cultural utilizada como objeto de revolução, pois baseava seus ritmos na cultura negra.
A expansão econômica dos EUA foi interrompida no fim da década de 20, pois as economias européias começaram a se reestabelecer e retomar o espaço econômico que haviam perdido após a guerra. Assim, o aumento do consumo não aumentou na mesma proporção que a produção, os preços caíram e os estoques estavam cada vez mais cheios. Essa crise da superprodução também atingiu a agricultura, implicando na demissão de muitos trabalhadores, tanto nas indústrias como no campo. A facilidade de crédito fez com que os fazendeiros, industriais e ouros investidores se endividassem. A ideia de que o estado não deveria interferir na economia, impediu que fossem criados mecanismos de controle sobre a circulação de capitais e investimentos. Todos esses fatores construíram o cenário da crise de 1929.
Na quinta-feira negra que aconteceu em 24 de outubro de 1929, muitas pessoas venderam suas ações, com a especulação de que essas empresas estavam em péssimas condições financeiras. Como não havia compradores, os preços das ações despencaram e nos dias posteriores elas não tinham mais valor comercial. Apesar do presidente dos EUA, Herbert Hoover, afirmr que a crise duraria poucos meses, nos três anos seguintes ela só piorou. O desemprego cresceu, os estoques aumentaram e os preços industriais e agrícolas caíram. Esse período ficou conhecido como a Grande Depressão. Com as importações comprometidas e os empréstimos que os EUA concediam aos países europeus após a guerra suspensos, a crise se alastrou por todos os continentes.
Como o Presidente Herbert Hoover não conseguiu reequilibrar a economia dos Estados Unidos, ele e o Partido Republicanob perderam o apoio da população. E nas eleições de 1932 o democrata Franklin Roosevelt foi eleito para a presidência com o compromisso de rearranjar a economia do país, suas medidas conhecidas como New Deal, inspiradas nas ideias de John Keynes, eram destinadas as áreas rurais e urbanas e estavam pautadas na criação de empregos como mola impulsionadora da economia. Mas o primeiro New Deal não resolveu a situação econômica, e se fez necessária a apresentação de um novo acordo em 1935. Só em 1939 a economia passou a melhorar.  
Na Rússia, no decorrer da década de 1930 a economia não foi atingida pelos reflexos da crise internacional, muito pelo contrário, esse foi um período de expansão do Parque industrial, resultado das políticas econômicas adotadas por Stalin após a Revolução de 1917.
 Na Alemanha por sua vez, na segunda metade da década de 1920, o governo de Weimar parecia ter retomado a estabilidade econômica que se utilizou dos empréstimos concedidos pelos EUA para a geração de Emprego. Contudo, com a recessão econômica sofrida pelos Estados Unidos e com a suspensão dos empréstimos, a economia alemã foi duramente prejudicada. Muitas empresas fecharam, gerando um grande número de desempregados.
 A medida em que a crise se alastrava pela Alemanha, o discurso implantado pelo Partido Nacional dos Trabalhadores Alemães (partido Nazista) atraía cada vez mais seguidores, que acreditavam ser os nazistas os únicos a combater a depressão econômica e estabilizar a vida social e política do país.





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