Universidade Estadual da Paraíba
(UEPB)
Centro de Educação (CEDUC)
Departamento de História
Programa Institucional de Bolsa de
Iniciação à Docência - PIBID/CAPES
Escola Estadual de Ensino Médio e
Profissionalizante Dr. Elpídio de Almeida – Estadual da Prata
Série: 3º ano do Ensino Médio Turma: A e B Ensino Integral
Professor Supervisor: Eriberto
Souto
Bolsistas:
Ítalo Pereira de Sousa
Juliana Karol de Oliveira Falcão
Juliana Nascimento de Almeida
Jéssica Kaline
Tissiane Emanuella Albuquerque
Gomes
TEXTO
INTRODUTÓRIO: REVOLUÇÃO RUSSA
No
início do século XIX, a Rússia era o império mais extenso do mundo com terras
na Ásia e na Europa. Sua população crescia e era predominantemente camponesa, a
qual vivia em regime de servidão em troca de poder cultivar um pequeno pedaço
de terra. Além disso, a burguesia formava um pequeno grupo e não tinha
participação no poder. O operariado também era minoria em relação aos
camponeses, era de desigualdades sociais que se formava a sociedade russa. A
sua autoridade máxima era o Czar, que
governava com autoridade absoluta. Os Czares acreditavam ser a representação
divina na terra. As vésperas da Primeira Guerra Mundial, a Rússia era a quinta
maior potência mundial, mas o seu desenvolvimento econômico e a sua
modernização não apagaram as contradições desse império.
No
fim do século XIX, surgiram movimentos de combate ao poder do Czarismo, que
aterrorizavam o governo e foram responsáveis pelo assassinato do Czar Alexandre
II. Em 1898, foi fundado o Partido Operário Social Democrata Russo, inspirado
nas ideias de Karl Marx e Friedrich Engels. Assim, em 1903 Lênin apresentou uma
proposta que dividiu o partido, para ele o partido deveria ser democrático e
centralizado. Lênin venceu com a sua proposta e os seu apoiadores ficaram
conhecidos como os Bolcheviques (a maioria),
em oposição estavam os liderados por Martov, os mencheviques (a minoria).
Em
1904 e 1905 as disputas territoriais entre russos e japoneses levaram a um
conflito conhecido como Guerra Russo-Japonesa, o que fez crescer a insatisfação
da população com o governo do Czar. A partir de então, greves e manifestações
tomaram as cidades russas, e em janeiro de 1905 um grupo de manifestantes
desarmados marchou até o Palácio de inverno, em São Petersburgo, para entregar
uma petição ao Czar solicitando melhores condições de vida e trabalho. Porém, o
Czar ordenou aos soldados que metralhassem os manifestantes. Esse episódio
ficou conhecido como o Domingo Sangrento.
Após
o Domingo Sangrento, as insatisfações só cresciam em meio a população russa, o que
fez surgir os sovietes – conselhos
de representação dos operários, camponeses e soldados. Além da criação dos
sovietes, uma série de reformas foram implantas e com isso o Czar convocou a
Duma – o parlamento Russo. Tudo isso para conceder um ar mais democrático ao
governo, o que não funcionou.
Em
1914 com a entrada da Rússia na Primeira Guerra Mundial, as insatisfações só
aumentavam pois o exército russo estava despreparado para a guerra e sofria
constantes derrotas. A guerra atingia duramente a economia do império,
paralisava a indústria e aumentou a inflação e o desemprego.
No
início de fevereiro de 1917 (de acordo com o calendário russo) eclodiu o
movimento na cidade de Petrogrado na atual São Petersburgo, e o Czar foi
obrigado a deixar o trono. Os revolucionários formaram um governo provisório liderado
pelo menchevique Alexander Kerenski, e imediatamente realizaram reformas.
Lênin
estava exilado na Suíça e em abril de 1917 retornou à Rússia. Com suas teses
defendeu a retirada do país da guerra, a reforma agrária e o fortalecimento dos
sovietes, o que fez com que o governo provisório sofresse pressão monarquista
para a volta do regime anterior e dos bolcheviques para a tomada do poder pelos
sovietes.
Em
outubro de 1917, os bolcheviques comandados por Lênin e Trotsky, ocuparam
pontos estratégicos da cidade de Petrogrado atacaram o Palácio do Inverno, sede
do governo provisório e tomaram o poder. Aclamado nas ruas, Lênin foi eleito
membro do Conselho de Comissários do
Povo e adotou uma série de medidas:
·
O confisco das terras da nobreza e da
Igreja, que deveriam ser distribuídas aos camponeses;
·
A simplificação da língua russa;
·
A anulação dos títulos da nobreza;
·
A estatização dos bancos das estradas de
ferro e das indústrias;
·
O estabelecimento da igualdade entre
homens e mulheres.
Entre
as promessas dos bolcheviques estava a retirada do país da guerra, a paz foi
assinada com o Tratado de Brest-Litovisk firmado com a Alemanha em março de
1918. Mas pagou caro para sair da guerra, pois teve que ceder parte de seu
território.
Entretanto,
para os russos a paz durou muito pouco, pois os generais Czaristas organizaram
o Exército Branco que tinham o apoio de outros países, dentre eles Japão e
Inglaterra, que temiam que a revolução inspirasse rebeliões trabalhadoras em
seus territórios. Com isso, para enfrentar a força contrarrevolucionária os
bolcheviques formaram o Exército Vermelho, dando assim início a Guerra Civil
que durou dois anos e trouxe várias consequências ao país. Após vários combates,
o Exército Branco foi derrotado pelo Exército Vermelho que tinha o apoio dos
camponeses.
Após
seis anos de Guerra (Primeira Guerra e a Guerra Civil) era preciso reconstruir
a economia russa. Para isso, Lênin elaborou em 1921 a chamada Nova Política
Econômica, que combinava o controle estatal e a adoção de medidas capitalistas.
Politicamente, a Rússia permanecia centralizada nas mãos do partido comunista, pois
outros partidos eram proibidos de funcionar. Os comunistas criaram a tcheka,
uma polícia secreta que vigiava e punia os seus opositores.
Em
dezembro de 1922, os países que formavam o antigo Império Russo, formaram a
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas ou URSS. Com a morte de Lênin em
janeiro de 1924, o partido comunista foi disputado entre Trotsky e Stalin, o
primeiro defendia a revolução permanente para que a Rússia ficasse isolada, enquanto
o segundo defendia o comunismo em um só país para que o regime se consolidasse
na Rússia. Stálin venceu e recebeu o comando político do país.
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