terça-feira, 4 de agosto de 2015

Texto Introdutório - Um mundo de ponta cabeça: Principais fatos e questões da Segunda Guerra Mundial


Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
Centro de Educação (CEDUC)
Departamento de História
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID/CAPES
E.E.E.F. M Professor Raul Córdula
Série: 9º ano do Ensino Fundamental II  Turma: E e F         Turno: Tarde
Professor Supervisor (a): Ivanilda Matias
Bolsistas:
Francine Santos
Leonardo Lira
Rayssa Eutália
Sabrina Lopes


Um mundo de ponta cabeça: Principais fatos e questões da Segunda Guerra Mundial

Após alguns anos do final da 1° Guerra Mundial, houve uma crise em 1929 e também por esse período a ascensão do totalitarismo – um regime político marcado por um Estado forte, absoluto, isto é, que estende seu poder sobre todos os setores da sociedade, supondo alcançar a completa submissão dos indivíduos, regime esse que foi bastante influente na Segunda Guerra tanto o fascismo da Itália como sua forma extrema o nazismo na Alemanha.

Na Itália através de um grande sentimento de insatisfação, por não ter sido recompensada com partilha de territórios mesmo sendo uma das nações vencedoras da Primeira Guerra e do descontentamento da população, além de uma grave crise onde o monarca, Rei Vitor Emanuel III, era incapaz de atender às reinvindicações das manifestações populares, aparece Benito Mussolini que fundou uma organização chamada “fasci di combattimento”, junto com ex-combatentes e desempregados e financiada por industriais. Tal organização transformou-se no Partido Nacional Fascista, e se utilizava de ações violentas para tentar restabelecer a ordem no país. O Rei acabou por encarregar Mussolini de formar um novo governo, em 1922. O fascismo tinha como símbolo o fascio que era um símbolo de poder do Império Romano ainda tendo como lema “crer e obedecer”.

Na Alemanha em 1919, foi fundado o Partido Nazista, liderado por Adolf Hitler, de tendência conservadora e nacionalista. Ele também era antissemita, ou seja, alimentava preconceito e ódio contra judeus responsabilizando os mesmos pela decadência alemã. Os judeus eram considerados uma “raça” inferior, que deveria ser exterminada para preservar a “pureza racial” alemã –descendente da “raça ariana”, teoria conhecida como arianismo. Mas, o ódio dele se estendia também a homossexuais e estrangeiros, pois sua “raça” era a única pura. Ele tinha como símbolo de seu regime a suástica que era, justamente, o símbolo dos antigos povos arianos e segundo Hitler, a mulher deveria se conformar com os três K: kindder, küche, kirche, ou seja, crianças, cozinha e igreja.

Hitler, quando chegou ao poder tornou os grupos minoritários já citados acima alvos de violência, enviando para prisões especiais, os campos de concentração que eram tanto de trabalho escravo como de extermínio, o maior e mais famoso foi o de Auschwitz, localizado na Polônia, criado em 1940, mas tendo o assassinato em massa intensificado a partir de 1942, quando foi implantada a “solução final”, ou seja, o extermínio de todos os judeus da Europa. O extermínio que também se estendeu para diversas outras minorias e é bastante conhecido como Holocausto. Esse episódio, existe na literatura em forma de um diário conhecido como “Diário de Anne Frank” que faz menção a menina que escreveu, e trata basicamente dos guetos judeus durante a perseguição nazista.

A partir da ascensão desses regimes totalitários e da insatisfação e vontade de controle dos mesmos, da Itália por não ser agraciada com nenhum território mesmo sendo uma das vencedoras da Primeira Guerra e da Alemanha, por ter sido uma das derrotadas e ter assinado o Tratado de Versalhes, ou seja, um tratado de paz que pôs fim oficialmente à Primeira Guerra Mundial, mas que trazia a Alemanha severas obrigações e uma indenização astronômica, nesse momento Hitler já pensava em uma guerra, visto que, assinou um pacto de não-agressão com o líder da União Soviética Josef Stalin, onde os mesmos além de decidirem secretamente ocupar e dividir a Polônia também decidiram que nenhum dos dois países poderiam invadir os respectivos territórios, ou seja, a Alemanha não podia colocar tropas na URSS, assim como a URSS não podia colocar suas tropas e assim tendo a Guerra a Alemanha só lutaria em uma frente e assim ocorreu inicialmente, pois a Segunda Guerra Mundial, um conflito que durou de 1939 a 1945 iniciou-se oficialmente em 1939 com a invasão da Polônia por tropas nazistas e a ação da Inglaterra e da França declarando guerra à Alemanha ou ao governo do período conhecido como Terceiro Reich.

 Com o conflito iniciado, formaram-se dois blocos rivais entre as principais alianças: O Eixo- Alemanha, Itália e Japão e Aliados- Inglaterra, França, Estados Unidos e União Soviética.
A Alemanha adotou a guerra-relâmpago e em 1940 conquistou cinco países, na Europa Ocidental só a Inglaterra continuava desafiando os nazistas e conseguindo várias vitórias, a mais importante batalha foi a da Inglaterra e os pilotos ingleses venceram, ou seja, a tentativa de Hitler falhou, portanto ele voltou-se para o leste conquistando os Bálcãs e abrindo caminho para a URSS. Interessado nas riquezas soviéticas, Hitler traiu o pacto de não-agressão e invadiu a União Soviética em junho de 1941. 

Nesse período ocorreu a Batalha de Stalingrado uma das mais importantes operações militares da Segunda Guerra Mundial e também a mais sangrenta. Ocorreu na cidade de Stalingrado (União Soviética, atual Volgogrado na Rússia) e arredores, entre julho de 1942 e fevereiro de 1943. Nesta operação, as forças do Eixo, lideradas pela Alemanha, tentaram conquistar a cidade de Stalingrado, sem obter sucesso, assim ocorreu a inversão da situação militar da II Guerra, dando início ao recuo nazista na Europa Oriental e à decadência do Terceiro Reich, além da visível mudança de lado da URSS de Stalin, país que contabilizou mais perdas humanas durante todo o conflito.

No oriente, O Japão e os Estados Unidos disputavam territórios e em 1941, os japoneses desferiu um ataque surpresa contra Pearl Habor, a base estadunidense no Pacífico. Em resposta, os Estados Unidos que estavam neutros declarou guerra ao Japão e aos outros países do Eixo, conclamando o Brasil a fazer o mesmo que obedeceu e enviou a Força Expedicionária Brasileira (FEB), para combater em terras italianas. Assim a guerra adquiriu um caráter mundial e os Estados Unidos viram o extermínio do desemprego em sua população durante o conflito, além de mulheres ocupando em 1942, 91% das vagas por falta de trabalhadores qualificados nas indústrias.

A partir desses acontecimentos o Eixo começou a perder posições em diversos locais, em 1943, os alemães foram derrotados na URSS, era o começo do fim, pois em 6 de junho de 1944, cerda de 3 milhões de soldados desembarcaram na França e marcharam rumo à Alemanha. Esse dia ficou conhecido como o Dia D, um código, para que os alemães não pudessem identificar a data nas transmissões de rádio. Depois desse dia só ocorreram derrotas e em abril de 1945, diante da iminente derrota Hitler suicidou-se e em 8 de maio de 1945, os alemães se renderam pondo um fim na guerra da Europa.

Restava ainda a Guerra no Pacífico e sem sinal de rendição, os Estados Unidos decidiram lançar a bomba atômica, recém-inventada, sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, as bombas foram chamadas de Little boy e fat man, matando instantaneamente 200 mil pessoas. Abalado com a destruição, o governo japonês se rendeu. Chegava ao fim a Guerra no Pacífico e a Segunda Guerra Mundial com a vitória dos Aliados.

Com o final da guerra, começava um período histórico no qual os Estados Unidos e a União Soviética se tornaram as duas maiores potências mundiais. Após, ao final da Segunda Guerra, acentuou-se a preocupação com a paz mundial. Em 1945 foi criada a Organização das Nações Unidas (ONU), cujo um de seus objetivos principais é preservar a paz e a segurança no mundo e já em 1947 os EUA anunciam um projeto para dar apoio aos países devastados após a guerra, conhecido como Plano Marshall.

Referências:
AZEVEDO, Gislane Campos. Projeto Teláris: História/Gislane Campos Azevedo, Reinaldo Seriacopi. - 1.ed.-São Paulo: Ática,2012. (Projeto Teláris: História) 9°ano. Séculos XX e XXI. PG. 72-90
BOULOS, Alfredo Júnior. Industrialização e imperialismo. In: História Sociedade & Cidadania. São Paulo: FTD, 2009, PG. 115-124
Cola da Web. Disponível em: <http://www.coladaweb.com/historia/guerras/segunda-guerra-mundial> Acesso em: 13 de julho de 2015.
Info Escola. Disponível em: < http://www.infoescola.com/historia/tratado-de-versalhes/> Acesso em: 13 de julho de 2015.
NEMI, Ana Lúcia Lana. Para viver juntos: história 9°ano: ensino fundamental/Ana Lúcia Lana Nemi, Anderson Roberti dos Reis. – 3. Ed. – São Paulo: Edições SM, 2012-(Para viver juntos).

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