segunda-feira, 3 de agosto de 2015

TEXTO INTRODUTÓRIO: FASCISMO

Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
Centro de Educação (CEDUC)
Departamento de História
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID/CAPES
Escola Estadual de Ensino Médio e Profissionalizante Dr. Elpídio de Almeida – Estadual da Prata
Série: 3º ano do Ensino Médio          Turma: A e B            Ensino Integral
Professor Supervisor: Eriberto Souto

Bolsistas: Ítalo Pereira de Sousa; Juliana Karol de Oliveira Falcão; Juliana Nascimento de Almeida; Jéssica Kaline; Tissiane Emanuella Albuquerque Gomes.

TEXTO INTRODUTÓRIO: FASCISMO

            Durante o século XIX predominaram no Ocidente as políticas liberais. No entanto, no começo do século XX, tendo em vista o desequilíbrio sócioeconômico acarretado pela Primeira Guerra Mundial, bem como o medo de que a revolução comunista da Rússia influenciasse os países europeus, as posições políticas foram repensadas. Nesse sentido, destaca-se a ideia de que o liberalismo não é capaz de combater as crises sócioeconômicas e o comunismo. Diante disso, defende-se a concepção de um Estado intervencionista, no âmbito da qual surgem propostas totalitárias.
            No totalitarismo não vigora formas de livre participação política, são censurados os meios de comunicação, prevalecendo a repressão e a violência política. No Estado totalitário se dá o culto a uma personalidade e o sistema de partido único, sendo imposto a sociedade um modelo de organização militar. A militarização do povo é de importância fundamental para o patriotismo extremado. Com o partido e o Estado voltados para a defesa da nação, os interesses individuais e de classe não possuem legitimidade.
            Os governos totalitários são nomeados como fascistas tendo em vista a experiência italiana. Com o fim da Primeira Guerra Mundial, embora integrando o grupo vencedor, os italianos foram contemplados com poucos territórios, diferentemente do que havia sido combinado com os aliados de guerra. Nesse contexto, influenciados pelo exemplo russo, trabalhadores iatalianos executaram greves e rebeliões, amedrontando a alta burguesia.
            Nesse âmbito, cresce a concepção da fraqueza do governo liberal, ao mesmo tempo que se desenvolve ideias que defendiam um Estado forte. Estas partiam de grupos conservadores e nacionalistas que apoiavam ações violentas para reprimir os revolucionários. Muitos desses grupos eram formados por ex-soldados, dentre os quais encontrava-se o grupo liderado por Benito Mussolini – jornalista, ex-socialista e ex-combatente de guerra – que resultou no Partido Nacional Fascista, em 1921. Através da criação de uma milícia conhecida como camisas negras, os fascistas atacaram partidos, sindicatos, além de jornais operários.
            A demonstração do poder do movimento deu-se em 1922, quando os fascistas realizaram a Marcha sobre Roma, com intuito de exigir que o rei Vitor Emanuel III nomeasse Mussoline como primeiro-ministro. Pressionado, a referida autoridade convocou Mussolini para integrar o governo, passando o poder para o Partido Nacional Fascista.
            Inserido na esfera do poder político central, Mussolini impôs seu projeto político autoritário e centralizador, livrando-se da oposição através de fraudes nas eleições, persseguições, bem como assassinatos. Apenas o Partido Nacional Fascista podia funcionar e o controle dos sindicatos foi tomado pelos fascistas.
            A figura de Mussolini era cultuada, o qual durante seu regime conseguiu firmar o Tratado de Latrão com o papa Pio XI, em 1929, que formalizou a existência do Estado do Vaticano sob a autoridade do papa, o que aproximou a população católica italiana do regime totalitário. Além disso, o líder fascista realizou a Carta del Lavoro, que organizou os direitos dos trabalhadores sem os conceder benefícios, na mesma as greves foram proibidas.      
            Tentando contornar a recessão econômica provocada pela crise de 1929, o governo de Mussolini entra na corrida imperialista e ocupa a Etiópia em 1935. A pressão das demais potências capitalistas resulta na Segunda Guerra Mundial, quando a Itália se aproxima da Alemanha Nazista.
           
Referências

SOUSA, Rainei. Fascismo na Itália. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/historiag/fascismo.htm>. Acesso em: 01 agosto 2015.


VAZ, Valéria. Ser Protagonista: História, 3º ano: ensino médio. São Paulo: Edições SM, 2013.

Nenhum comentário:

Postar um comentário