PIBID-HISTÓRIA-UEPB-2015
UNIVERSIDADE ESTADUAL DA
PARAÍBA
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA
DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA
ESCOLA: E.E.E.F.M. PROFESSOR RAUL
CÓRDULA
COORDENADORA DE ÁREA: AURICÉLIA LOPES
PEREIRA
PROFESSORA SUPERVISORA:
IVANILDA MATIAS BEZERRA
BOLSISTA: FRANCINE ANDRESKA
LIRA DOS SANTOS
TURMA: 9º ANO DO ENSINO
FUNDAMENTAL
DURAÇÃO: AULAS DE 45 MINUTOS
A Única Mulher a Servir a Legião
Estrangeira Francesa
Susan Travers
nasceu na Inglaterra em 1909, mas passou a maior parte da sua vida morando no
Sul da França. Lá, com todas as vantagens de sua classe social, cresceu como
uma socialite, indo as melhores festas e praticando tênis em nível
semiprofissional.
Quando a Segunda
Guerra Mundial eclodiu ela tinha 30 anos, era solteira e ansiava por uma grande
aventura. Susan, assim como tantas outras mulheres, inscreveu-se na Cruz
Vermelha Francesa e em vez de tomar a posição esperada de enfermeira, Travers
foi atraída para o papel temerário de motorista de ambulância. Serviu com as
forças francesas na Finlândia e quando os nazistas tomaram controle da França,
juntou-se a 13º Brigada da Legião Estrangeira no Norte da África. Como
motorista dos principais oficiais da brigada, ela passou a ser admirada por
seus nervos de aço e pela tremenda coragem que apresentava diante dos ataques
inimigos.
Durante a
campanha na Líbia, Susan iniciou um romance proibido com o General Koeing e com
ele seguiu ao forte de Bir-Hakeim. Durante três meses, eles se preparam para o
eventual confronto com as tropas alemãs e italianas. Os primeiros ataques
aconteceram em Maio de 1942 e durante 15 dias, os franceses resistiram a
ataques aéreos, tanques e uma artilharia pesada. Todas as outras mulheres foram
ordenadas a evacuar, mas Susan se recusou a sair e se tornou a única mulher
entre 3500 soldados.
Em Junho de 1942,
quase toda comida, água e armamento tinha se esgotado. A tropa francesa se via
cercada por inimigos, e a única saída possível era uma fuga no meio da noite. A
evacuação começou e Susan, como motorista principal, liderou a frota de carros
e caminhões que partiram a toda velocidade. Sob fogo pesado e dirigindo em um
campo minado, ela conseguiu liderar 2500 homens em segurança para longe das
linhas inimigas. Após a fuga, o carro que Susan dirigia tinha 11 buracos de
bala e estilhaços, parte da suspensão foi destruída e os freios tornaram-se
inoperantes.
Ao impedir que as
forças ítalo-alemãs chegassem ao Egito, Susan e o resto da tropa permitiu que
as forças inglesas, que estavam em posição delicada, recebessem reforços. Isto
permitiu aos aliados uma vantagem na batalha de El Alamein, pondo um fim
definitivo aos avanços das forças alemãs ao Egito. Ao fim da batalha, Travers
seguiu o resto da guerra lutando na Itália, França e Alemanha. Dirigiu
caminhões, ambulâncias e até um tanque. Quando a guerra acabou, ela se tornou
um membro oficial da Legião, a única mulher a conseguir esse feito até hoje.
Onze anos após o
fim da guerra, em 1956, ela foi homenageada pela Legião Estrangeira Francesa e
recebeu a Medaille Militaire em Paris por suas ações em Bir-Hakeim e em 1996
foi premiada com o Legion d'Honneur, a maior condecoração francesa, pelo seu
papel na Segunda Guerra Mundial.
Referências:
CHEVAT, Zoe. BBC Celebrates Susan
Travers, The Only Woman in the French Foreign Legion. Disponível em:
http://www.themarysue.com/french-foreign-legion-woman-susan-travers/
Acesso em: 10 de Agosto de 2015.
TOULGOAT, Bernard J. Women of
extraordinary destiny : Susan Travers (World War II). Disponível em:
http://austinhealy.hubpages.com/hub/Women-of-extraordinary-destiny-Susan-Travers-World-War-II
Acesso em: 10 de Agosto de 2015.
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