sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Texto Introdutório - A Única Mulher a Servir a Legião Estrangeira Francesa

PIBID-HISTÓRIA-UEPB-2015
UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA
ESCOLA: E.E.E.F.M. PROFESSOR RAUL CÓRDULA
COORDENADORA DE ÁREA: AURICÉLIA LOPES PEREIRA
PROFESSORA SUPERVISORA: IVANILDA MATIAS BEZERRA
BOLSISTA: FRANCINE ANDRESKA LIRA DOS SANTOS
TURMA: 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
DURAÇÃO: AULAS DE 45 MINUTOS

A Única Mulher a Servir a Legião Estrangeira Francesa


Susan Travers nasceu na Inglaterra em 1909, mas passou a maior parte da sua vida morando no Sul da França. Lá, com todas as vantagens de sua classe social, cresceu como uma socialite, indo as melhores festas e praticando tênis em nível semiprofissional.

Quando a Segunda Guerra Mundial eclodiu ela tinha 30 anos, era solteira e ansiava por uma grande aventura. Susan, assim como tantas outras mulheres, inscreveu-se na Cruz Vermelha Francesa e em vez de tomar a posição esperada de enfermeira, Travers foi atraída para o papel temerário de motorista de ambulância. Serviu com as forças francesas na Finlândia e quando os nazistas tomaram controle da França, juntou-se a 13º Brigada da Legião Estrangeira no Norte da África. Como motorista dos principais oficiais da brigada, ela passou a ser admirada por seus nervos de aço e pela tremenda coragem que apresentava diante dos ataques inimigos.

Durante a campanha na Líbia, Susan iniciou um romance proibido com o General Koeing e com ele seguiu ao forte de Bir-Hakeim. Durante três meses, eles se preparam para o eventual confronto com as tropas alemãs e italianas. Os primeiros ataques aconteceram em Maio de 1942 e durante 15 dias, os franceses resistiram a ataques aéreos, tanques e uma artilharia pesada. Todas as outras mulheres foram ordenadas a evacuar, mas Susan se recusou a sair e se tornou a única mulher entre 3500 soldados.

Em Junho de 1942, quase toda comida, água e armamento tinha se esgotado. A tropa francesa se via cercada por inimigos, e a única saída possível era uma fuga no meio da noite. A evacuação começou e Susan, como motorista principal, liderou a frota de carros e caminhões que partiram a toda velocidade. Sob fogo pesado e dirigindo em um campo minado, ela conseguiu liderar 2500 homens em segurança para longe das linhas inimigas. Após a fuga, o carro que Susan dirigia tinha 11 buracos de bala e estilhaços, parte da suspensão foi destruída e os freios tornaram-se inoperantes.

Ao impedir que as forças ítalo-alemãs chegassem ao Egito, Susan e o resto da tropa permitiu que as forças inglesas, que estavam em posição delicada, recebessem reforços. Isto permitiu aos aliados uma vantagem na batalha de El Alamein, pondo um fim definitivo aos avanços das forças alemãs ao Egito. Ao fim da batalha, Travers seguiu o resto da guerra lutando na Itália, França e Alemanha. Dirigiu caminhões, ambulâncias e até um tanque. Quando a guerra acabou, ela se tornou um membro oficial da Legião, a única mulher a conseguir esse feito até hoje.

Onze anos após o fim da guerra, em 1956, ela foi homenageada pela Legião Estrangeira Francesa e recebeu a Medaille Militaire em Paris por suas ações em Bir-Hakeim e em 1996 foi premiada com o Legion d'Honneur, a maior condecoração francesa, pelo seu papel na Segunda Guerra Mundial.

Referências:
CHEVAT, Zoe. BBC Celebrates Susan Travers, The Only Woman in the French Foreign Legion. Disponível em: http://www.themarysue.com/french-foreign-legion-woman-susan-travers/ Acesso em: 10 de Agosto de 2015.

TOULGOAT, Bernard J. Women of extraordinary destiny : Susan Travers (World War II). Disponível em: http://austinhealy.hubpages.com/hub/Women-of-extraordinary-destiny-Susan-Travers-World-War-II Acesso em: 10 de Agosto de 2015.

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