segunda-feira, 15 de setembro de 2014

TEXTO INTRODUTÓRIO: Enxergando as semelhanças no outro: O islamismo e suas semelhanças com o cristianismo

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA

ESCOLA: E.E.E.F.M. PROFESSOR RAUL CÓRDULA

COORDENADORA DE ÁREA: AURICÉLIA LOPES PEREIRA

PROFESSORA SUPERVISORA: IVANILDA MATIAS BEZERRA
BOLSISTA PIBIDIANO: ALEKS SILVA
TURMA: 7º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
DURAÇÃO: AULAS DE 45 MINUTOS

TEXTO  INTRODUTÓRIO:

Enxergando as semelhanças no outro:
O islamismo e suas semelhanças com o cristianismo

O que é o islamismo? Qual o motivo de tantos estranhamentos com relação á cultura do outro?  O que nos é passado, sobre esta corrente religiosa? Com este texto tenho a intenção a intenção de introduzir o leitor refletir acerca do lugar do outro e percebê-lo apenas como diferentes, que por sinal possui muitas semelhanças com o cristianismo.
1.      O precursor de uma nova Fé: Mohamed o “iluminado”

No ano de 570 d.c nasceu o grande profeta mensageiro de Alá: Mohamed, filho de uma família mercante. Ele ficou órfão ainda quando criança, aos, 6 anos de idade. Os caminhos de sua profissão como condutor de caravanas o proporcionou a vários pontos diferentes do Oriente, e isto “lhe propiciou um contato ainda maior com a religião cristã e judaica” (GAARDER, 2000, p. 119). A identidade do povo islâmico com sua fé apresenta uma forte ligação com seu profeta fundador: Mohamed, que através de sua inspiração divina instaurou uma nova concepção de fé no antigo Oriente próximo (hoje conhecido como Oriente médio) semelhança notória com o cristianismo, onde: o filho de um carpinteiro com novas propostas conseguiu adeptos e seguidores.
A vida de Mohamed foi bastante peculiar, aos 40 anos já casado com uma mulher rica que investiu seus recursos para financiar a vida religiosa. Como o passar do tempo Mohamed passou a ser percebido e determinado como iluminado, pois, ele alega ter tido uma visão com o anjo Gabriel, assim como a Virgem Maria, que lhe faz revelações, que se tornariam os alicerces de uma nova religião chamada Islamismo (Islã= submissão). Mas de onde veio esta visão? O mesmo mensageiro (Gabriel) para um deus e um povo diferente? Inclusive denominado infiel pelos cristãos. Com premissas monoteístas, total obediência a Deus (Alá) e que só existiu um mediador entre Ele e os homens (Mohamed) o islamismo não foi visto com “bons olhos” por comerciantes e artesãos que viviam das economias geradas pelo mercado politeísta. Logo começaram atentados contra a vida de Mohamed.
Admirador do monoteísmo (a crença em um só deus) Mohamed criticava uma das maiores fontes de renda de Meca: a peregrinação dos idólatras, que adoravam as várias divindades dos templos locais. Ele passou a pregar a crença num único deus, Alá, reuniu suas mensagens num livro sagrado para os mulçumanos, o Corão. Perseguidos em Meca, o profeta e seus adeptos fugiram para criar a primeira comunidade islâmica em Medina, um oásis próximo. Essa migração forçada, conhecida como Hégira, marca o inicio do calendário mulçumano. Aos poucos, este grande profeta atraiu cada vez mais seguidores até ter força para derrotar os rivais que o expulsaram de Meca.

2.      A guerra e seus dois pontos de vista

Em um episódio que passou ser conhecido como Jihad (Guerra- Santa para os mulçumanos) Mohamed e seus seguidores se apoderam de Meca. Entre 610 e 632 d.c Mohamed escreve o principal instrumento precursor da fé islâmica: o sagrado Corão, que assume modos de comportamentos e de práticas do seu povo “devoto”, verdade, o livro escrito pelo profeta com inspiração divina assume o papel de livro de comportamentos dos seguidores da fé islâmica. No mesmo ano da conclusão do livro, vem também sua morte (de acordo com o islã ele subiu aos céus, conforme Jesus Cristo) e com isto a primeira segregação no islamismo, duas correntes de pensamento religioso: os Xiitas e Sunitas.
Acusa-se muito os mulçumanos de matarem ou morrerem em nome de sua fé, porém os cristãos, não só em um período morreram e mataram por razões adversas, exemplos disso não faltam como no caso da inquisição dos séculos XV-XVI onde se matou por uma simples acuação. Nas cruzadas pela terra santa se matou e morreu por cerca de dois séculos por um motivo não só de fé, mas sim, de razões eco econômicas e por disputas territoriais estrategistas.

3.      O islamismo hoje do ponto de vista Ocidental.

No dia 11 de Setembro de 2001 se “instaurou o terror no mundo ocidental” este pelo ataque tido como “terrorista” determinando a queda do grande símbolo do capitalismo: as duas torres gêmeas do grupo investidor The Word Trade Center vieram a baixo e com elas se elevou a fumaça, esta poeira nada mais era que a nova “ameaça ao mundo” um grupo islâmico chamado Al Queada. Mas será que foram os islâmicos que realmente atacaram as torres gêmeas? E se atacaram será que os EUA foram somente vitimas? Devemos nos lembrar de que a “rande cabeça” do ocidente é os Estados Unidos e que este país foi o único país na história a usar a temida bomba atômica em suas cidades na 2ª Guerra Mundial (Hiroshima e Nagasaki) longe disto justificar a violência de ambas as partes, pois, a violência não se justifica, porém, neste caso coubesse a pergunta, quem é o vilão?
            Neste pequeno texto, pode-se, perceber constantes semelhanças entre o precursor da fé islâmica e os mesmos símbolos dentre outros segmentos religiosos, o que leva diretamente a uma pergunta: será o islamismo merecedor de seu estereótipo empregado atualmente? ou será apenas um ódio embutido em nossa sociedade ao longo da história?

Referência Bibliográfica

GAARDER, Jostein; HELLERN, Victor; NOTAKER, Henry. O livro das religiões. Tradução Isa Marac Lando. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. 

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