As
histórias em quadrinhos têm um grande potencial na esfera do entretenimento, da
educação e do exercício da cidadania e ao longo do século XX tem sido um meio
de comunicação bastante difundido e influente. Ao trabalharmos com os
quadrinhos em sala possibilitamos a relação interdisciplinar e o
desenvolvimento da capacidade de leitura de diferentes linguagens por parte de
nossos alunos, tendo em vista que os quadrinhos são portadores de uma linguagem
própria como os tipos de balões e diversas onomatopéias presentes nas tirinhas,
que muitas vezes contribuem para que o quadrinho tenha uma característica
cômica ou não, tenha um fundo de crítica social ou não.
Logo
talvez um dos nossos maiores desafios no que diz respeito ao trabalho com os
quadrinhos seja conhecer as peculiaridades de sua forma linguística. A história
em quadrinhos, por seu caráter icônico, acrescenta informações visuais ao
elemento verbal, aquilo que muitas vezes o texto literário não consegue
revelar: o vestuário de uma época, mobiliário, a decoração das casas e o estilo
arquitetônico de um período. Logo cabe ao professor ressaltar esses aspectos
presentes em narrativas quadrinhísticas, enriquecendo o aspecto verbal com o
visual.
Foi
partindo de tais premissas que resolvemos trabalhar a pré-história através da
analise do HQ de Maurício de Sousa, Piteco,
ambientado na pré-história. Através da leitura em sala os alunos puderam
questionar as visões da pré-história presente no quadrinho como, por exemplo,
os dinossauros serem retratados junto com os humanos, o que se configura em
anacronismo. Também foram discutidos os tipos de balões e uma serie de
peculiaridades das histórias em quadrinhos, sendo um momento de desenvolvimento
da capacidade de leitura crítica por parte dos alunos. Após as discussões os
alunos também foram orientados a produzirem suas próprias tirinhas. A atividade
foi realizada no dia 02/07/2014.
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